Rock in Rio 2022: inovação, geração de emprego e impacto positivo na economia

Em sete dias de festival, o Rock in Rio teve um impacto de R$ 1,7 bilhão para a economia do Rio de Janeiro. Os 300 shows atraíram 360 mil turistas, com 10 mil deles sendo estrangeiros vindos de 31 países diferentes. O público total dos shows foi de mais de 700 mil pessoas. O evento também foi responsável por gerar 28 mil empregos, sendo 800 integrantes da equipe de apoio. Na área de hotelaria, a média de ocupação foi de 77, 74% no primeiro final de semana e de 83,61% no segundo.

Divulgação/RioTur


Agora que o evento chegou ao fim, essas estatísticas se tornam mais importantes: muito se fala dos grandes artistas que se apresentam nos palcos do festival, mas pouco se fala do impacto que isso gera na vida das pessoas que trabalham no evento. Além de girar a economia, eventos como esse mostra o potencial turístico do país e mostra como o turismo e o setor de eventos gera inúmeros empregos.

Histórico

Desde 1985 até o momento já aconteceram mais de 22 edições ao longo de 37 anos de Rock in Rio. Mais de 2.301 artistas já foram escalados, com 10.2 milhões de pessoas na platéia, 73 milhões de árvores doadas para a Amazônia, 237,5 mil empregos gerados e mais de 12 milhões de fãs online. Com esses dados, podemos observar que não é a toa que esse é um dos maiores festivais de música do mundo. 

Nos anos 80, a realidade de trazer artisitas intercionais para o Brasil era bem diferente. Imagina então elaborar um festival de música gigante no país na época de ditadura militar. Esse foi o grande desafio encarado pelo publicitário do Rio de Janeiro, Roberto Medina, o qual vivia um grande momento cultural liderado por jovens que buscavam mudar o mercado do entretenimento de uma nação.

Sua trajetória esbarrou com a música ainda em 1980, quando ajudou a promover um histórico show de Frank Sinatra no Maracanã. Mais perto do mercado musical, Roberto Medina criou um dos projetos de empreendedorismo mais ousados deste país. Assim, mesmo em um cenário desfavorável, o empresário conseguiu viabilizar a primeira edição do Rock in Rio em 1985.

A partir disso, o festival expandiu sua marca para diversos países, se tornando um dos maiores cases de empreendedorismo no mundo. 

Reprodução Linkedin


Case de inovação


E como surge a inovação dentro do Rock in Rio? É difícil sair do momento em que se percebe uma oportunidade até colocá-la em prática?

Segundo Agatha Arêas, vice-presidente do Rock in Rio, há uma forma de inovar dentro do maior festival de música do mundo e ser sagaz na criação de uma nova vertente. Com esse objetivo o Rock in Rio Academy surgiu para reunir executivos, gestores, empreendedores e administradores que querem um conhecer o modelo de negócios do RiR. A proposta do Rock in Rio Academy é transmitir o legado da marca por meio de executivos do RiR, que estão no epicentro do projeto desde o planejamento até a realização do festival – disponibilizando relatar os bastidores, dificuldades, gestão de crises e tudo mais.

E se alguém conseguir copiar suas estratégias, essa será mais uma razão para inovar e se desafiar novamente. Com isso, os idealizadores do Rock in Rio, visualizam o festival como parte do ecossistema de inovação que tem outros players. Se todos os interessados crescem, todos ganham, em uma cadeia que se profissionaliza cada vez mais. A reverberação disso impacta na produtividade dos negócios de quem participa.

A inovação só é possível quando há um espírito de contribuição e comunidade. E os concorrentes devem ser vistos como parte de um todo. O ideal é ter bons participantes que ajudem a aumentar o nível do mercado. A lição primordial para que algo inovador ocorra é se cercar de parceiros que possam agragar ao novo projeto uma expertise diferente do seu projeto. Com isso, o Rock in Rio Academy demonstra que as inovações surgem dentro do festival são baseados em visões empreendedoras.

Com informações do Linkedin



Comentários