Adolescente brasileiro de escola pública vence maratona de hackers do ETHBogotá, na Colômbia

O adolescente Victor Garcia, de 15 anos, da zona leste de São Paulo, foi um dos vencedores do Hackathon do ETHBogotá, na Colômbia. Concorrendo com outros 900 desenvolvedores, a equipe do Victor, composta de outros quatro brasileiros, levou o prêmio ao desenvolver uma plataforma gamificada de incentivo à leitura.

A plataforma desenvolvida por Garcia usa uma espécie de learn-to-earn, no qual o usuário é recompensado em tokens por cada livro ou página lida.

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Conversando com o Cointelegraph, Garcia, de apenas 15 anos, revelou que seu interesse pelos criptoativos começou vendo vídeos no YouTube, plataforma na qual também, após se interessar pelo mercado cripto, começou a aprender a programar e desenvolver contratos inteligentes.

Depois dos aprendizados pelo YouTube Garcia começou a aperfeiçoar suas habilidades e passou a frequentar eventos sobre criptoativos, em um deles, o Ethereum São Paulo, conheceu Carol Santos e a ONG Educar+.

Ao conhecer a história do jovem programador, autodidata e de escola pública, Carol Santos, CEO da ONG que leva educação e Web 3.0 para comunidade do Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro, observou que tudo o que ele precisava era de oportunidade.

Comunidade é a base da descentralização

“Quando conheci a história do Victor, vi um menino de extremo potencial que estava sendo desperdiçado por falta de oportunidades. No primeiro momento acionei todos da minha rede, principalmente da minha rede da Web3 e compartilhei sua história, foi o suficiente para conseguir tudo para levar o Vitor até a Colômbia”, disse Carol.

Além disso, com ajuda da ponte feita pelo Educar+ Victor saiu do Ethereum SP com duas propostas de emprego. Em menos de 24 horas uma vaquinha organizada por França, um amigo da ONG, arrecadou o suficiente para custear a viagem e estadia do Victor na Colômbia.

“Nós não teríamos conseguido vencer uma maratona de desenvolvedores internacionais sem a ajuda da comunidade, não adiantaria termos conseguido os ingressos para o Hackathon em Bogotá se ele não tivesse como se manter ou chegar até lá”, revelou.

Agora que venceu o Hackathon, o jovem brasileiro quer novos desafios e já está desenvolvendo uma blockchain própria que promete ter um mecanismo de validação mais eficiente que o Proof-of-Stake (PoS) do próprio Ethereum.

Leia a notícia original no site da Exame

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