O Brasil exportou US$ 280,9 bilhões em mercadorias nos dez primeiros meses do ano, 19% acima do mesmo período de 2021. Trata-se do maior valor desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 1997. Mas esse bom cenário para as exportações pode se desvanecer no próximo ano.
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“Há muitas preocupações no ar”, diz o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Entre elas estão o desaquecimento da economia global e problemas domésticos dos parceiros comerciais do Brasil.
Quatro dos principais compradores de produtos brasileiros no exterior têm situação econômica desafiadora e devem crescer menos. Juntos, Argentina, China, Estados Unidos, União Europeia foram o destino de quase 59% das exportações brasileiras entre janeiro e outubro.
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A maior delas é com a perda de tração da economia global, motivada pela inflação em alta e pela consequente elevação das taxas de juros para tentar contê-la. Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetava que a economia global cresceria 3,6% no ano que vem, estimativa que em julho caiu para 2,9% e, em outubro, para 2,7%.
O fenômeno atinge alguns dos principais parceiros comerciais do país. “Está havendo uma mudança no cenário internacional, que terá reflexos nos preços”, afirma Castro.
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