Um registro feito pela sonda espacial norte-americana Órbita de Reconhecimento de Marte (MRO, em inglês), da Nasa, flagrou no solo marciano um rosto conhecido para os terrestres: o de um urso, com traços bem definidos que mostram nariz, boca e olhos do animal gravados nas rochas do planeta. Veja:
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| NASA/JPL-Caltech/UArizona |
A imagem foi compartilhada na quarta-feira (25/1), por astrônomos da Universidade do Arizona que monitoram as captações feitas pela câmera de alta resolução HiRise, anexada na sonda que observa Marte.
Os pesquisadores vasculharam as imagens da câmera e dizem ter se divertido com a semelhança das marcações do solo com um urso. Apesar de olhar a imagem, captada pelo aparelho em 12 de dezembro, e ver claramente a fisionomia do animal, os cientistas desmistificaram a “ilusão de ótica”.
O círculo, que marca a circunferência da cabeça do urso, delimita a existência de uma cratera antiga que foi preenchida por depósitos de larvas ou de lama. O nariz e a boca são, provavelmente, uma colina que desmoronou, mas que antes era uma espécie de respirador vulcânico ou de lama — ao se desmanchar, o duto deixou essa marca em V no solo.
Por fim, os cientistas afirmam que muito tempo depois, duas novas crateras, bem menores, se formaram, o que deu ao “urso” dois olhos perfeitos — e surpreendentemente assimétricos.
Enxergar figuras da Terra no espaço faz parte de fenômeno chamado pareidolia
Os pesquisadores lembram que a capacidade do ser humano em identificar padrões em um conjunto de símbolos não relacionados pode provocar a visão de imagens como o urso marciano.
O fenômeno se chama pareidolia e faz com que estímulos visuais ou sonoros aleatórios sejam traduzidos e reconhecidos pelos cérebros a figuras, músicas ou memórias do que já vimos. A pareidolia é comum quando, por exemplo, uma nuvem se parece, para quem vê da Terra, com um cachorro ou um rosto humano.
Ao olhar para Marte, a pareidolia já brindou os seres humanos com a ilusão de rochas em formato de pato, em novembro de 2022; de rato, em 2015; da cabeça de uma cobra, em junho de 2022; e até de um gato, em setembro de 2022.
Com informações do Correio Braziliense
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