NOTÍCIA #TRILEGAL: Doador de sangue idoso faz última contribuição às vésperas de completar 70 anos

Luiz Humberto Milego esteve 80 vezes no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) nos últimos 26 anos, mas não por ter uma saúde frágil — pelo contrário. Doador de sangue de carteirinha, o idoso quis garantir que poderia fazer seu gesto de solidariedade antes que não se encaixasse mais nos pré-requisitos.  

Luiz Humberto Milego / Arquivo Pessoal

A última doação de seu Luiz foi prestes a completar 70 anos, idade que já o impediria de ser voluntário. Faltando dois dias para o aniversário, ele foi até a Rua São Manoel no dia 1º de fevereiro e encerrou sua trajetória como doador de sangue em grande estilo. 

— Desde 1995, eu doava para parentes, amigos e vizinhos. Pelas reações de reconhecimento das pessoas, senti a importância e o conforto que as doações dão aos doentes e seus parentes — explica o funcionário aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 

Seu Luiz conta que decidiu ser um doador depois de se deparar com uma frase: “o sangue é uma necessidade que só uma pessoa pode suprir, pois creio que ainda não se fabrica sangue”.  

— Disse comigo: “Serei essa pessoa!” — lembra.  

Luiz começou a doar sangue no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Dois anos depois, em 1997, passou a ajudar no Hospital de Clínicas. Lá, foi convidado para doar plaquetas. Confessando ter ficado com certo receio, hoje garante que foi o processo que mais gostou, porque exige menos tempo de espera entre as doações.

— É porque se podia doar mais vezes, beneficiando mais gente. Dizem que as plaquetas se recompõem em poucos dias e já se pode doar novamente — esclarece ele ao comparar que no caso do sangue, para retornar, os homens precisam esperar dois meses e as mulheres três.

Fazendo as contas, só no Clínicas, foram 13 doações de sangue e 68 de plaquetas ao longo dos anos. Mesmo não podendo mais fazer as ações, Luiz ainda incentiva outras pessoas a praticarem esse gesto que salva vidas em poucos minutos.  

— A melhor coisa que eu fiz na minha vida foi doar sangue. Me sinto muito gratificado e agradeço a todas as enfermeiras do Hospital Clínica de Porto Alegre! — enfatiza. 

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