Pesquisadora desenvolve embalagem de alimentos com antioxidante derivado de cascas e sementes de uva

Um dos elementos mais importantes no comércio de mercadorias são os recipientes em que os alimentos são acondicionados. Uma boa embalagem garante a preservação da qualidade dos produtos alimentícios, protegendo-os contra condições externas e facilitando o transporte, o armazenamento e a distribuição.

Niall Kennedy (CC BY-NC 2.0)

Pensando nisso, a pesquisadora Vanessa Machado Babinski Ramos desenvolveu uma embalagem ativa de polietileno de baixa densidade (PEBD) a partir de antioxidantes naturais provenientes do extrato de resíduo agroindustrial vitivinícola, principalmente cascas e sementes de uva. Com orientação da docente Ruth Marlene Campomanes Santana, a dissertação, apresentada no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais da UFRGS, revelou que a adição do extrato de antioxidante natural vitivinícola no desenvolvimento de embalagens ativas contribui para um melhor desempenho do material em comparação ao uso de antioxidante de origem sintética.

As chamadas embalagens ativas antioxidantes são feitas com componentes bioativos que liberam substâncias para o alimento embalado, ou seja, além de funcionar como uma barreira entre o alimento e a atmosfera, possuem compostos que ajudam a retardar a oxidação e prolongar a vida útil do alimento acondicionado. “As embalagens ativas interagem com o ambiente e acabam proporcionando um maior tempo do alimento em condições próprias para consumo”, explica Vanessa.

Nesse processo, os antioxidantes costumam ser utilizados diretamente nos produtos alimentícios, porém, de acordo com o estudo de Vanessa, o uso de embalagens ativas vem crescendo devido às incertezas relacionadas aos antioxidantes sintéticos e por conta de possíveis efeitos toxicológicos desses compostos.

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