Atrasados em relação ao restante do país, os 94 deputados estaduais eleitos em São Paulo tomaram posse nesta quarta-feira (15) e inauguram uma legislatura com novo establishment, oposição numerosa e recorde de mulheres e negros.
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Os novos deputados terão um mandato mais curto, já que, para encerrar o descompasso entre a Assembleia Legislativa de São Paulo e os demais estados, a posse será no dia 1º de fevereiro a partir de 2027 —a mudança foi aprovada pela Casa em 2019.
Em 2022, o índice de renovação da Assembleia, de 41,5%, ficou abaixo de anos anteriores –foram reeleitos 55 deputados, e 39 são novos. O pleito de 2018 elegeu 50 novos deputados, boa parte bolsonarista, o que levou a embates inflamados e até agressões físicas no plenário —que tendem a se repetir com o novo elenco.
Como mostrou a Folha de SP, após uma legislatura marcada pela violência de gênero e pelo caso de assédio a Isa Penna (PC do B), a Assembleia terá um recorde de mulheres –serão 25 deputadas (26,6% da Casa). Em 2018, 18 foram eleitas.
A nova Alesp também tem o maior número de negros e pardos eleitos desde que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começou a coletar dados de autodeclaração étnico-racial: foram 7 em 2014, 10 em 2018 e 18 em 2022.
"A gente está renovando a Casa e trazendo a periferia, os LGBTs, a juventude, a mulher negra. Somos abridores de caminho para que de fato mude a cara da política", diz Ediane Maria (PSOL). A respeito da maioria governista, ela diz que a bancada do PSOL será "a lupa que vai fiscalizar o retrocesso do governo Tarcísio".
No ano passado, o TSE passou a coletar dados sobre candidatos com deficiência: foram 44 candidatos a deputado estadual e um foi eleito.
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