#BAITAEXEMPLO: Depois de perder o filho em acidente de trânsito, ele resolveu ensinar pessoas a andar de bicicleta
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— Eu tomei aversão ao trânsito e achei que era uma forma de mudar essa realidade, lançando mais pessoas de bicicleta na rua — comenta o professor.
Decidido a reduzir a violência no trânsito, Carlos Augusto resolveu usar a experiência como educador para transmitir conhecimento. Trocando a sala de aula pelas ruas e ciclovias, se tornou voluntário e passou a auxiliar quem nunca teve a oportunidade de aprender a andar de bicicleta. Somente neste ano já foram 121 alunos, e a ideia é aumentar ainda mais esse número.
— A energia que eles emanam quando conseguem achar o pedal é indescritível — conta.
Morando em um pequeno apartamento no bairro Menino Deus, o ciclista encontrou um cantinho para guardar cinco bicicletas, mas tem outras que estão emprestadas com participantes do projeto.
— Meu plano é conseguir uma parceria, quem sabe até com a EPTC, para conseguir armazenar as bicicletas e oferecer mais estrutura aos alunos — afirma Carlos Augusto.
A funcionária pública Ivete Lange Ribeiro, 66 anos, é uma das novatas no mundo das bikes. Feliz em dar as primeiras pedaladas, a aluna conta que nunca tinha andando de bicicleta e que ainda está buscando segurança para andar na rua sozinha.
— Ele tem um vozeirão e sabe direitinho quando estamos fazendo algo errado — brinca ela.
Cheio de orgulho dos aprendizes, Carlos Augusto se diz realizado aos ver os alunos encontrando a estabilidade e a confiança a cada ensinamento.
— Estou realizando o meu sonho de tornar o trânsito mais humano — ressalta.
As aulas ocorrem semanalmente e não têm restrição de idade. Aos domingos, o ponto de encontro é no Ginásio Tesourinha, na Avenida Erico Veríssimo, das 9h às 12h. Nas quartas-feiras, o grupo se reúne no Arco ao Expedicionário, na Redenção.
Leia a reportagem original em GZH e ouça a entrevista de Carlos
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