Professora do IFRS-Osório ganha prêmio da embaixada dos Estados Unidos por incentivar pesquisa

A professora Flávia Twardowski, diretora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Osório, no Litoral Norte, recebeu o prêmio Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2023 da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, por sua atuação na educação e na ciência. A entrega da premiação foi realizada no Consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre nesta quarta-feira (19). 

Bruno Acosta/IFRS Osório


"A professora Flávia não representa apenas uma mulher fazendo a diferença, mas representa a construção de uma geração de futuras mulheres que farão a diferença", considerou a embaixadora na cerimônia do reconhecimento. Essa foi a primeira vez que Elizabeth esteve em Porto Alegre. Na oportunidade, ela também assinou a renovação do Memorando de Entendimento entre os Estados Unidos e o Rio Grande do Sul com o governador Eduardo Leite (PSDB) para tratar de assuntos como comércio, agricultura, tecnologia, meio ambiente e inovação. 

A professora e pesquisadora na área de Engenharia de Alimentos ressalta a importância de fomentar a pesquisa dentro da educação, especialmente no ensino básico. O IFRS-Osório atende cerca de 23 municípios. "Oriento projetos de pesquisa de mulheres e meninas. Isso é muito importante porque, muitas vezes, elas enfrentam machismo, especialmente no interior. Meu papel é mostrar que esse lugar também nos pertence", considerou Flávia. Os projetos de destaque da professora envolvem áreas relacionadas a STEM, sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática, por meio da inovação científica.

Para ela, ainda, o prêmio e as iniciativas do Consulado Americano preenchem uma lacuna deixada pelas políticas públicas de educação no Brasil. "Unir ciência dentro da educação como atividade extracurricular é algo comum nos Estados Unidos, mas não aqui", afirmou. Ela constatou isso ao passar 15 dias nos Estados Unidos, em um programa da Embaixada, vendo como os estudantes aprendiam a fazer pesquisa nas escolas. "É o que precisávamos ter", concluiu. 

O pró-reitor de desenvolvimento institucional do IFRS, Amilton Figueiredo, destacou que o prêmio coroa a longa estrada de dedicação à inovação e tecnologia. "Ela tem levado o nome da nossa instituição mundo a fora com projetos extremamente importantes para desenvolver ciência e tecnologia no interior e resolver questões locais, como resíduos de agroindústria, por exemplo", refletiu Figueiredo. 

Projetos supervisionados por Flávia receberam mais de 200 prêmios nacionais. Ela recebeu inúmeros outras homenagens por suas notáveis realizações.

Fonte: Jornal do Comércio



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