Shein inaugura escritório no Brasil e promete criar 100 mil empregos

A varejista de moda internacional Shein inaugurou seu primeiro escritório no Brasil. Localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, o escritório de 1.600 metros quadrados possui 200 estações de trabalho. Em paralelo, a companhia se reuniu com o Ministério da Fazenda e assumiu um compromisso de gerar 100 mil empregos no país. Segundo informou, pretende investir R$ 750 milhões no Brasil nos próximos anos para estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil no país.
 

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Em 2023 a Shein vem acelerando a locação de galpões no Brasil e hoje possui 80,1 mil m². A companhia tem feito testes no varejo físico. No ano passado, instalou lojas temporárias em São Paulo e no Rio de Janeiro. Neste ano, abriu um espaço em Salvador no mesmo modelo. A ideia é abrir mais cinco lojas temporárias ainda este ano. Uma pesquisa da consultoria NIQ Ebit mostra que, em 2022, 36% dos usuários de e-commerce no Brasil compraram da Shein.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Shein pretende nacionalizar 85% das vendas nos próximos quatro anos. A varejista deve apresentar números de investimentos e geração de oportunidades no mercado brasileiro ainda hoje, segundo o ministro.

“Vai ganhar o comércio, a atividade econômica. Vamos ter geração de emprego. Estamos no caminho que parece justo”, disse o ministro, após se reunir com representantes da Shein no gabinete em São Paulo.

Haddad ainda afirmou que é “muito importante que eles vejam o Brasil não apenas como um mercado consumidor, mas também como uma economia de produção”.

O compromisso com a Shein segue a linha do pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de resolver a sonegação de impostos no comércio eletrônico.

Fim da isenção de taxa caiu por terra

As varejistas estrangeiras e o governo buscam um acordo desde o começo de abril, quando foi anunciada uma medida provisória para acabar com a isenção de imposto as encomendas enviadas por pessoas físicas de até US$ 50.

Segundo a Receita Federal, o benefício é utilizado indevidamente por empresas que enviam produtos ao Brasil.

Depois de ser duramente criticado por consumidores, o governo Lula voltou atrás com a medida e buscou acordo com as varejistas estrangeiras.

No acordo firmado com Haddad, a Shein se comprometeu a aderir ao plano de conformidade da Receita e normalizar as relações com a Fazenda, mas pediu que a regra valha para todas as empresas.

Shein no Brasil

Antes de se consolidar com um escritório no país, a Shein já havia promovido projetos de lojas físicas em forma de pop-up. Localizada no Shopping Vila Olímpia, a loja foi temporária entre os dias 12 e 16 de novembro de 2022.

Fonte: LinkedIn e Moneytimes

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