O 76º Festival de Cinema de Cannes – que anualmente reconhece filmes, diretores e atores internacionais – terminou no sábado (28) com o filme francês “Anatomia de uma queda” recebendo o prêmio máximo.
A diretora Justine Triet é a terceira mulher premiada com a Palma de Ouro – concedida anualmente ao melhor filme do festival. O thriller francês detalha a tentativa de uma mulher de provar sua inocência na morte de seu marido.
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A primeira mulher que recebeu a Palma de Ouro foi Jane Campion por “O piano”, em 1993. Até o momento, apenas outra diretora, Julia Ducournau, havia se juntado a Campion, pelo filme “Titane”, de 2021.
O júri presidido pelo diretor sueco Rubem Ostlund confirmou os palpites de críticos e sites especializados que colocavam “Anatomie d’une Chute” (Anatomia de uma Queda) como um dos favoritos à Palma de Ouro.
A cerimônia de encerramento do 76° Festival de Cinema de Cannes foi animada, como na abertura do evento, pela atriz Chiara Mastroianni, a filha de Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve. Vários astros de Hollywood prestigiaram a noite, como Quentin Tarantino e Jane Fonda.
Outros destaques de Cannes
O Grande Prêmio de Cannes, concedido ao segundo melhor filme, foi dado ao diretor britânico Jonathan Glazer por “A Zona de Interesse”, enquanto o diretor franco-vietnamita Tran Anh Hung recebeu o de melhor diretor por “The Pot Au Feu”.
Koji Yakusho e Merve Dizdar ganharam os prêmios de melhor ator e melhor atriz por suas atuações em “Perfect Days” e “About Dry Grasses”, respectivamente, enquanto o melhor roteiro foi concedido ao filme “Monster”, de Sakamoto Yuji.
A premiação de sábado ocorreu paralelamente à cerimônia “Un Certain Regard” do festival na sexta-feira (26), que premiou Molly Manning Walker por seu filme “How To Have Sex”, enquanto Asmae El Moudir ganhou o prêmio de Melhor Diretor por “The Mother of All Lies”.
Martin Scorsese, que ganhou a Palma de Ouro em 1975 pelo filme “Taxi Driver”, estreou seu próximo filme estrelado por Leonardo DiCaprio, “Killers of the Flower Moon” no festival, mas exibido fora da competição.
O Festival de Cinema de Cannes acontece desde 1946, e um júri composto por diretores, atores e outros artistas vota nos prêmios. O diretor Ruben Ostlund, que ganhou a Palma de Ouro por “Triângulo da Tristeza” no ano passado, foi o presidente do júri deste ano.
O festival costuma ser um indicador para futuros prêmios do cinema, incluindo o Oscar, embora apenas dois filmes – “Marty”, de 1955, e o coreano “Parasita”, em 2019 – tenham levado a Palma de Ouro e também o Oscar de Melhor Filme.
Em 2002, o vencedor da Palma de Ouro, “O pianista”, foi indicado para o Oscar, embora tenha perdido para “Chicago”, enquanto Adrien Brody e o diretor Roman Polanski foram homenageados como melhor ator e diretor, respectivamente. O filme de 2012 “Amor” ganhou a Palma de Ouro, mas apenas levou o Oscar de melhor filme em língua estrangeira, apesar de ter recebido cinco indicações.
Brasil em Cannes
A produção britânica “Firebrande”, dirigida pelo brasileiro Karim Aïnouz, não foi contemplada com nenhum prêmio. Mas o Brasil, que teve uma participação expressiva este ano com seis filmes em várias mostras, foi consagrado em Cannes. O longa “A Flor do Buriti”, sobre a resistência do povo indígena Kraho do norte de Tocantins, levou o prêmio "Ensemble" da mostra "Um Certo Olhar".
Depois da cerimônia os convidados presentes ao Palacio dos Festivais puderam assistir ao filme de encerramento desta 76ª edição, a animação da Pixar, “Élémentaire”, de Peter Sohn.
Fonte: Forbes e G1
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