#CENADECINEMA: Confira o comentário de AGENTE STONE, por Renato Martins

AGENTE STONE, top 1 da Netflix. O título mais assistido do serviço de streaming neste momento. Mas eu tenho uma notícia ruim para dar: você já viu este filme. Em cada cena desse pretenso de thriller de ação com a israelense Gal Gadot (a MULHER MARAVILHA), há uma referência de outros grandes filmes do gênero, como as franquias de James Bond (007) e Missão Impossível - mas esses como uma qualidade muito superior.

Veja a análise completa de Renato Martins depois da imagem.

Divulgação

As mesmices já começam pelo roteiro, que apresenta a linda (mas péssima atriz) protagonista como Rachel Stone, uma agente secretíssima e disfarçada, dona de uma perícia em todas as áreas, físicas e mentais. Ela tanto invade uma rede de computadores descobrindo senhas e desbravando sistemas quando quebra a perna de seus oponentes e liquida com uma quadrilha de dez fortões armados, estando ela desarmada. 

Impossível, mas aí respiramos. Afinal, é aventura. É ação.

Mas a coisa não melhora, as sequências são todas previsíveis - as traições, a chefe carrasca, as corridas de carro - e tudo lembra outros (bons) filmes. Claro, a produção é fantástica e o orçamento garante, por exemplo, que se possa destruir a metade de Lisboa. Para que fique bonito, entende?

Para completar/piora, o enredo inventa o "astro" de CINQUENTA TONS DE CINZA, Jamie Dornan, como um personagem dúbio que não convence, e a cada cena, só vai destruindo qualquer possibilidade da intenção da história dar certo. Constrangedor. 

É verdade que o longa melhora no meio, com uma sequência um pouco mais eletrizante nas alturas, filmada em cima do deserto. Mas logo passa e a ruindade volta. 

A coleção de cenas só nos leva a um resultado inverossímil e cheio de chavões, que cansa o telespectador. 

Coitada da Glenn Close (ATRAÇÃO FATAL, clássico dos anos 80), que faz a aparição mais rápida da sua vida, com duas cenas, uma delas sem nenhuma fala.

Pobre de Gal e dos produtores que pensam em transformar AGENTE STONE em uma franquia. A ficha não caiu e talvez não caia, pois nesse mundo do streaming a média de qualidade é baixa mesmo. Mas uma coisa é certa: pior do Agente Stone, somente Agente Stone 2: a vingança de Rachel (título fictício, claro). (Nota 2,5)

 

renatomartins@redeatitudepositiva.com.br

Renato Martins, jornalista, radialista, cinéfilo e professor, editor da Rede #AtitudePositiva e criador do projeto mulimídia #CenadeCinema.



  

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