SUA SAÚDE: Rir pode ajudar o sistema cardiovascular, aponta pesquisa inédita realizada em Porto Alegre

Uma pesquisa inédita realizada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre aponta que rir pode ajudar o sistema cardiovascular. Pesquisador e professor do Serviço de Fisiatria do hospital e coordenador do estudo, o médico cardiologista Ricardo Stein forneceu detalhes sobre a pesquisa em entrevista à Rádio Gaúcha.

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Conforme o médico, foram separados dois grupos de 13 indivíduos, clinicamente estáveis, com entupimento de artéria do coração – conhecida como cardiopatia isquêmica, caracterizada pela presença de gordura nas artérias. No processo de randomização, um dos grupos foi sorteado para receber a risoterapia – assistindo a comédias selecionadas pelos próprios indivíduos –, e o outro, para assistir a documentários neutros, que não mexem tanto com as emoções. Todas as sessões de cada indivíduo foram filmadas.

— Depois de 24 sessões, o que a gente viu, foi que o grupo sorteado para ver as comédias melhorou em 11% em três meses a sua capacidade física — afirmou Stein, coordenador do estudo.

O teste foi realizado em uma esteira, com máscara. Os exames foram levados ao extremo, tanto no primeiro teste quanto no segundo, após as sessões.

— Houve uma melhora muito semelhante à reabilitação cardíaca por exercício, sugerindo que a risoterapia ou a terapia da comédia, aquela que o Carpinejar descreveu na Zero Hora, é capaz de melhorar a capacidade de exercício da pessoa, pelo menos a capacidade de exercício aeróbico — acrescentou.

O estudo ainda resultou em outros indicativos interessantes, segundo o médico. Um dos marcadores inflamatórios no sangue – que quando estão aumentados podem sugerir que as artérias, no caso do coração, possam estar inflamadas – diminuiu naqueles que participaram da risoterapia, enquanto não houve alterações no outro grupo.

Além disso, as artérias dilataram mais depois de 24 sessões de risoterapia do que no outro grupo, que novamente não teve alterações. As melhoras são em relação aos resultados anteriores dos próprios pacientes.


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