ARTIGO: "Que educação queremos?, por JÚLIO SÁ

Seguimos com as publicações dos artigos publicados aqui na Rede #AtitudePositiva dentro do CONEXÃO EDUCAÇÃO, nosso maior projeto de conteúdo realizado em nossa plataforma de boas notícias em nossos mais de cinco anos de existência. Nesta terceira participação, neste significativo dia do professor e dia do educador, comemorado neste domingo 15 de outubro, convidamos o advogado Júlio Sá, Presidente da Associação Mães e Pais pela Democracia, para refletir sobre o futuro da educação. 

Junte-se a nós nesta emocionante iniciativa para moldar um futuro brilhante para a educação. Boa leitura!

Júlio Sá, presidente AMPD/Divulgação

Que educação queremos?

A história da educação em nosso país tem sido marcada por avanços e retrocessos, por conquistas e desafios. Em meio a um cenário de constantes mudanças, nós, da Associação Mães e Pais pela Democracia, defendemos uma educação que seja plural, laica, livre e inclusiva.

A importância da educação em turno integral não pode ser subestimada. Proporcionando aos alunos um ambiente estruturado e rico em aprendizado por um período prolongado, fortalece a absorção de conhecimentos e a participação em atividades extracurriculares que complementam sua formação. Esta abordagem amplia horizontes, permitindo que os estudantes explorem suas paixões e desenvolvam habilidades essenciais para o século XXI. Além disso, a presença de uma escola pública de alta qualidade, acessível a todos, é fundamental para nivelar o campo de jogo educacional. Cada criança, independentemente de sua origem socioeconômica, merece acesso a uma educação de primeira linha, equipando-as para se tornarem agentes de mudança em nossa sociedade.

Paulo Freire, um dos mais proeminentes educadores brasileiros, já dizia que "Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo". Para ele, o processo educacional é dialógico e deve ser pautado na liberdade e na autonomia do indivíduo. O ato de ensinar e aprender deve transcender os muros da escola e se converter em uma prática de liberdade e emancipação.

A educação laica é fundamental nesse contexto. Seguindo os ideais de Anísio Teixeira, outro grande nome da educação brasileira, a escola deve ser um espaço de formação integral, onde o respeito à diversidade de crenças e pensamentos seja uma premissa básica. Em uma sociedade cada vez mais diversificada, a laicidade garante que todas as crianças e jovens sejam tratados com equidade, sem privilégios ou discriminações baseados em crenças religiosas.

A pluralidade na educação é uma porta aberta para o reconhecimento e valorização das múltiplas culturas, identidades e histórias que compõem a nossa sociedade. E, para ser verdadeiramente plural, a educação precisa ser livre. Livre de amarras ideológicas, livre de pressões mercadológicas e livre para promover o pensamento crítico.



Por fim, mas não menos importante, está a inclusão. Uma educação do futuro que almejamos deve ser capaz de acolher todos os estudantes, independente de suas capacidades físicas, intelectuais, sociais ou culturais. A inclusão vai além da presença física de todos na escola; ela exige um currículo adaptável, professores capacitados e uma infraestrutura que atenda a todas as necessidades. Gosto muito da frase, cujo autor desconheço, que diz que "inclusão não é apenas convidar o excluído para o baile. A verdadeira inclusão é também tirá-lo para dançar!"

Ao olharmos para o futuro da educação, é essencial que tenhamos como norte os ideais de educadores como Paulo Freire e Anísio Teixeira. Através de uma educação plural, laica, livre e inclusiva, podemos formar cidadãos conscientes, críticos e, acima de tudo, comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e democrática.


Júlio Sá

Presidente da Associação Mães e Pais pela Democracia



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