ARTIGO: A Educação no Brasil tem futuro?, por RINALDO PENTEADO

Seguimos com nossos artigos publicados todas as semanas aqui na Rede #AtitudePositiva, dentro do CONEXÃO EDUCAÇÃO, nosso maior projeto de conteúdo realizado em nossa plataforma de boas notícias em nossos mais de cinco anos de existência. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFSM, Pós-Graduado em Direito do Estado, Advogado, Pai, ativista político, cofundador e membro do Comitê Jurídico do Projeto Lugar de Criança é na Escola RS (LCE) e associado da Associação de Pais pela Escola Livre (APEL), Rinaldo Penteado, é o autor do texto escolhido para esta semana. 

Junte-se a nós nesta emocionante iniciativa para moldar um futuro brilhante para a educação. Boa leitura!


Rinaldo Penteado / Divulgação

A Educação no Brasil tem futuro?

Todo ano eleitoral é a mesma coisa: somos bombardeados com discursos, promessas e projetos carregados dos mesmos cansados e batidos chavões, tais como “a Educação é o futuro do Brasil” ou “a Educação será prioridade no meu governo”. Mas será isso verdade?

A Educação brasileira, cujo patrono - não por acaso - é Paulo Freire, vive de enunciados vagos, palavras de ordem, programas ilusórios e praticamente nenhuma entrega de resultados realmente significativa para o desenvolvimento dos alunos ou do país.

O meio acadêmico brasileiro é ardilosamente dominado por sindicatos, associações e entidades comprometidas com os projetos político-ideológicos da extrema esquerda e atua, salvo raras exceções, como um verdadeiro repelente de pesquisas científicas que levem a algum resultado prático relevante. Uma rápida pesquisa na colocação das universidades brasileiras nos rankings internacionais comprova isso.

No ensino básico a realidade é ainda mais preocupante. Em todas as avaliações nacionais e internacionais os resultados são vergonhosos. No PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), o Brasil figura sempre nas últimas colocações. Mais de 60% dos estudantes brasileiros não atingem o nível básico esperado para os conhecimentos de matemática; em ciências e leitura o número passa dos 50%. Os dados do SAEB (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) apontam para o alarmante quadro de que pouco mais de 30% dos estudantes de concluem o Ensino Médio alcançam o nível básico ou adequado nos conhecimentos de matemática e língua portuguesa. E ainda nem falamos dos ineficientes “ciclos de alfabetização” que demoram três anos para fazer o que países desenvolvidos – que não seguem Freire, obviamente - fazem em semanas.

Como se isso não fosse o bastante, as boas iniciativas como o Novo Ensino Médio, a Secretaria Nacional de Alfabetização e as Escolas Cívico-Militares, são sempre atacadas e invariavelmente sabotadas com base em argumentos comprometidos política e ideologicamente, muito embora entreguem melhores resultados. Talvez justamente por entregarem resultados estas iniciativas provoquem a ira da “elite intelectual” brasileira que sabidamente é ligada ao viés político de esquerda e extrema esquerda.

As escolas e universidades brasileiras foram convertidas em grandes fábricas de militantes e ativistas políticos. Os currículos desenhados pelos discípulos de Freire foram esvaziados de conteúdo e invadidos por temas sociais, conflitos de classes e pautas identitárias que não trazem nada de formativo ou mesmo relevante como ferramenta para formação profissional e real desenvolvimento pessoal. O resultado disso é que os egressos deste modelo educacional estão realmente dispostos a criticar o sistema ou iniciar uma revolução, mas sucumbem nos primeiros contatos com a realidade para em seguida culpar o mercado ou o capitalismo opressor pelas dificuldades decorrentes da sua deficiente formação.




Os números não mentem. Longe dos discursos e das promessas a dura realidade nos mostra que há décadas o Brasil adota um modelo de organização do ensino que acumula fracassos. 

Enquanto o Brasil não fizer o que a Coréia do Sul, por exemplo, já fez com êxito e tiver a coragem de mudar de verdade a Educação, o país não vai sair desta verdadeira armadilha político-ideológica em que foi aprisionado o ensino brasileiro. O Brasil precisa romper as amarras colocadas por sindicatos, associações e partidos políticos de esquerda para mudar o foco da Educação e trazê-lo para o que realmente importa: o nível de APRENDIZADO e DESENVOLVIMENTO dos alunos.

Einstein certa vez disse que “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes". Esta frase se aplica perfeitamente quando refletimos de forma realista e responsável sobre a situação da Educação no Brasil. Ou o Brasil reconhece e enfrenta seus problemas, libertando professores e alunos da doutrinação político-ideológica da esquerda, ou vai seguir nesta insana rotina de retrocesso e fracasso.


Rinaldo Penteado

Advogado e integrante do Projeto Lugar de Criança é na Escola RS (LCE) e da Associação de Pais pela Escola Livre (APEL)



Observação: as opiniões emitidas nos artigos publicados aqui não refletem necessariamente o pensamento editorial da Rede #AtitudePositiva.





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