Google investirá em startups lideradas ou fundadas por pessoas negras

Startups criadas ou lideradas por pessoas negras no Brasil podem se inscrever para concorrer a investimentos do Google. O incentivo é concedido pelo Black Founders Fund, que selecionou neste mês para o programa dez empresas de diferentes áreas e regiões do país. As inscrições continuam abertas por tempo indeterminado. A iniciativa, segundo a plataforma, é uma forma de combater a desigualdade racial. Desde 2020, o projeto investiu R$ 16 milhões em 66 empresas brasileiras com esse perfil.

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Embora representem metade da população brasileira, os negros são apenas 5,8% dos fundadores de empresas de tecnologia no país, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABS). Segundo o Relatório de Equidade Latam recém-lançado pelo Diversity VC, somente 1,4% dos fundos investem em companhias cujos fundadores são LGBTQIA+, pessoas com deficiência ou negras.

O incentivo será a fundo perdido, ou seja, não exige contrapartida nem gera participação societária da big tech nos empreendimentos. Além dos investimentos, as empresas recebem créditos em produtos do Google, workshops e mentorias individuais para endereçar seus desafios de negócios e tecnologia. A

Para se candidatar ao Black Founders Fund, as startups devem oferecer solução criada com base em tecnologia. O negócio precisa estar em operação. Também é necessário indicar como o recurso será utilizado. Para se inscrever, clique aqui.

Conecta Tech: software que integra e otimiza o sistema de gestão, CRM e marketplace ao processo de vendas online;

Fitinsur: plataforma que oferece serviços para vendas e gestão de seguros, possibilitando a flexibilidade e agilidade na geração de experiências customizadas, promovendo escalabilidade a todos os agentes do mercado segurador;

Infleet: autotech que simplifica a gestão de frotas e o seu controle operacional, oferecendo planejamento de rotas, manutenção, abastecimento, monitoramento, telemetria e videotelemetria;

Intreguei: startup especializada em coleta e entrega de produtos, que torna a logística acessível e eficiente para empresas, varejistas e marketplaces, conectando-os a uma rede de parceiros logísticos;

Logstore: processador de e-commerce que integra o varejo físico e o digital por meio de plataformas SaaS (software as a service);

Lovel: solução de HR Tech especializada na contratação de profissionais da área de tecnologia;

Metha Energia: energytech que conecta consumidores residenciais a usinas de energia renováveis;

Shooju: plataforma personalizável de Dados como Serviço (DaaS) que realiza a gestão de dados de empresas, a fim de agregar valor em toda a cadeia;

Turn2C: fintech que desenvolve consórcios personalizados para auxiliar clientes a adquirir um bem ou serviço de forma segura e simplificada;

Zentek: startup da área de assistência e seguros que ajuda fintechs e seguradoras a aumentar a retenção e monetização de sua base de clientes, com foco no relacionamento.

O Google também anunciou nesta quarta-feira (28) que a ONG VoteLGBT foi a primeira selecionada para um projeto de inteligência artificial (AI) que busca identificar ataques contra a população LGBTQIA+ na internet, sobretudo nas redes sociais, e denunciá-los às autoridades. Outra entidade deve ser abarcada pelo programa do Google.org, braço filantrópico da bigh tech. O investimento previsto para a iniciativa, que pretende mapear padrões de agressão, é de R$ 1,5 milhão.

Fonte: Congresso em Foco

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