Internet atinge atinge mais de 91% dos brasileiros. No RS, mais de QUATRO milhões de casas estão conectadas

Só no Rio Grande do Sul, são mais de QUATRO milhões de lares conectados, num universo de quatro milhões e 400 mil casas (dados do IBGE sobre o ano de 2022, veja a notícia mais abaixo). A internet se espalha pelo Brasil e vai proporcionando a quase toda a população acesso à informação, possibilidade de trabalho, estudo e também o lazer. É inegável falar dos benefícios que a sociedade tem com o serviço da rede mundial de computadores. A tecnologia ajuda e aproxima as pessoas, facilita os negócios, cria empregos e sim, aumenta o espectro de profissionais que podem entrar para o mercado de trabalho, já que muita gente incapaz de se locomover, sair de casa ou mesmo se relacionar em público podem desempenhar alguma função via internet.

Já pensaram nisso?

Muito se fala sobre as desigualdades do Brasil, mas quanto mais o acesso à internet estiver democratizado, estando disponível das mansões até as vilas, mais nivelados estaremos! Obviamente sabemos que a velocidade das redes são diferentes nas regiões do país. Mas o fato de comemorarmos nesse momento a chegada em mais de 91% (e quase 93% no RS), aproxima as comunidades mais vulneráveis da dignidade social, do direito à informação, ao estudo e ao trabalho. O esforço, a criatividade e o empenho complementam as conquistas de milhares de empreendedores que agora podem contatar parceiros e clientes, por exemplo, impulsionando novos negócios. 

Claro que um smartphone conectado numa vila pode ser usado somente para joguinhos ou WhatsApp, mas o incentivo ao uso consciente é um dever do poder público e da sociedade como um todo. Escolas, sistema S, iniciativa privada e até mesmo os grandes influenciadores poderiam se unir em grandes campanhas para sinalizar esse tipo de mensagem: "aproveite a internet que chega até você para estudar, trabalhar e se relacionar com outros segmentos da sociedade", por exemplo. Algo nesse sentido que estimulasse o uso inteligente e produtivo deste acesso que está ficando tão universalizado. Porque não basta chegarmos a 100% de cobertura no país. Precisamos também de bons usuários da tecnologia!

(Renato Martins, editor da Rede #AtitudePositiva)

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Os dados apurados pelo IBGE sobre conectividade

A fatia de domicílios com acesso à internet no país subiu para 91,5% em 2022, segundo o IBGE. A expansão do acesso à internet se deu em todas as cinco grandes regiões do país, mas foi mais intensa no Norte e Nordeste. O ritmo de crescimento se mantém mais acelerado, no entanto, nas áreas rurais. Em 2022, 93,5% das moradias de áreas urbanas tinham acesso à rede, percentual que era de 78,1% nas áreas rurais. A diferença era, portanto, de 15,4 pontos percentuais, bem inferior à de 40 pontos percentuais em 2016 (76,6% nas áreas urbanas e 35% nas áreas rurais).

“Há uma diferença importante do acesso à internet entre domicílios urbanos e rurais, embora venha diminuindo", afirma o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto.

A expansão do acesso à internet se deu em todas as cinco grandes regiões do país, mas foi mais intensa no Norte e Nordeste, que se mantêm como as de menor taxa. No Norte, o percentual passou de 85,5% em 2021 para 88,2% em 2022. Em 2016, era de 63,5%. No Nordeste, por sua vez, a taxa avançou de 85,2% em 2021 para 87,8% em 2022. Em 2016, era de 57,9%.

De 2021 a 2022, entre os domicílios brasileiros com acesso à internet, o percentual com acesso via banda larga móvel voltou a subir, indo de 79,2% para 81,2%, mas continuou inferior ao da banda larga fixa, que foi de 83,5% para 86,4%.

Os dados do IBGE mostram a distância no rendimento do domicílio de acordo com o acesso ou não à rede. Nas moradias com internet, o rendimento médio real per capita por mês era de R$ 1.760 em 2022, quase o dobro do rendimento nos que não utilizavam essa rede (R$ 944).

A grande diferença entre esses dois rendimentos foi observada em todas as grandes regiões, com destaque para a Norte, cujo rendimento nos domicílios em que havia utilização da internet foi mais que o dobro do rendimento registrado nos domicílios que não utilizavam o serviço.

Em 2022, nos 6,4 milhões de domicílios do país em que não havia utilização da Internet, os três motivos que mais se destacaram representavam, em conjunto, 86,5%. Esses três motivos foram: nenhum morador sabia usar a internet (32,1%), falta de necessidade em acessar a Internet (25,6%) e serviço de acesso à internet era caro (28,8%).

Na análise por áreas urbanas e rurais, os três motivos que mais se destacaram foram os mesmos do total e concentravam 91,3% e 76,6%, respectivamente, dos domicílios em que não havia utilização da Internet.

Nas áreas rurais, no entanto, também se destaca a falta de disponibilidade do serviço de acesso à Internet na área do domicílio, citada por 15,2% dos domicílios, ante 0,6% nas áreas urbanas.

Conectados no RS

O número de domicílios com acesso à internet no Rio Grande do Sul também apresentou crescimento em 2022. São 4,1 milhões de lares (92,6%) conectados de um total de 4,43 milhões. Isso representa aumento de 1,6 ponto percentual em relação à pesquisa anterior, quando ficou em 91%. Em 2021, em números absolutos, 3,9 milhões dos 4,3 milhões domicílios gaúchos tinham acesso à internet.   

Conforme a pesquisa, mais da metade dos domicílios com televisão no RS tem acesso a serviços pagos de streaming. Isso equivale a 2,28 milhões de lares (50,3%), ou seja, cinco em cada dez têm serviços de transmissão e reprodução via internet. O RS é o quarto Estado com maior percentual de residências com acesso a esse tipo de serviço. À frente estão Distrito Federal (62,2%), Santa Catarina (56,7%) e Rio de Janeiro (51,6%). A média no país ficou em 43,4%.

Uma das novidades da pesquisa é a existência de rádio nos domicílios. A pesquisa revelou que 71,6% dos domicílios gaúchos possuem rádio, o maior percentual entre os estados e bem acima da média do país de 56,5%.

Fonte: Redação #AtitudePositiva, Valor Econômico e GZH




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