Porto Alegre volta a aparecer em lista de cidades mais promissoras do mundo

Um respeitado ranking internacional chamado Global Cities Report, feito pela consultoria internacional de negócios Kearney, com mais de 95 anos, incluiu Porto Alegre entre as 156 cidades mais promissoras do mundo. O foco de análise é o desempenho atual e o potencial para atrair e reter investimentos, pessoas e ideias. 

O top 10 da edição relativa a 2023, publicada neste início de 2024, é formado, nesta ordem, por Nova York, Londres, Paris, Tóquio, Pequim, Bruxelas, Singapura, Los Angeles, Melbourne e Hong Kong. 

Giulian Serafim / PMPA

A primeira cidade brasileira a aparecer no ranking é São Paulo, que caiu um posição em relação a 2022 e terminou o ano passado em 46º. O Rio de Janeiro está em 76º, e Belo Horizonte, em 111º, posição ocupada pela capital gaúcha no levantamento anterior. Na nova edição, Porto Alegre perdeu posições e ficou na 115ª, mas se manteve no ranking. Entre as brasileiras, completam a lista Salvador, em 124º lugar, e Recife, em 131º. 

O relatório é baseado em 29 métricas, divididas em cinco dimensões: volume de negócios (30%), capital humano (30%), troca de informações (15%), experiência cultural (15%) e engajamento político (10%). Na nova edição, o documento destaca a crescente distribuição geográfica das oportunidades. Entre os principais destaques, está o fato de que as cidades líderes enfrentam maior competição de centros emergentes do mundo. Em parte, conforme a consultoria, essa maior concorrência é resultado da revolução do trabalho remoto, da fragmentação do ambiente geopolítico mundial e da aceleração no uso de tecnologias como a inteligência artificial.

A Kearney reforça o entendimento de que a dimensão de capital humano se tornou substancialmente mais globalizada, na medida em que o movimento internacional de pessoas ganhou força no pós-pandemia. Além disso, na maioria das cidades, a dimensão de atividades de negócios — uma das cinco consideradas pela consultoria para estabelecer o ranking — se desacelerou devido ao cenário econômico incerto.

De acordo com os autores do estudo, as oportunidades distribuídas sugerem que as cidades líderes não podem dar suas posições como garantidas nos próximos anos. A hierarquia tradicional dessas cidades se tornará mais fluida no futuro, conforme oportunidades de crescimento e maior produtividade se distribuirão com as próximas ondas de inovação conduzida pela própria inteligência artificial.

Ainda, a consultoria aponta que as cidades líderes enfrentarão um ambiente global cada vez mais competitivo, no qual a capacidade de oferecer propostas de valor será mais crucial do que nunca para atrair pessoas e investimentos. Se os hubs de desenvolvimento continuarem sua trajetória de crescimento, podem eventualmente ameaçar a liderança das principais cidades em um futuro não muito distante.

A Kearney também desenvolve anualmente o Global Cities Outlook, apontando quais cidades têm maior potencial de crescimento para ser a próxima geração de centros globais. O documento considera 13 métricas, em quatro dimensões: bem-estar pessoal (25%), finanças (25%), inovação (25%) e governança (25%). 

No Outlook, as seis cidades brasileiras galgaram posições. São Paulo saltou 23 degraus, passando do 124º para o 101º lugar. Salvador está em 132º lugar, Rio de Janeiro em 133º, Belo Horizonte em 134º, Porto Alegre, que subiu quatro posições, ocupa o 135º lugar, e Recife a 136ª posição. San Francisco, nos Estados Unidos, lidera este ranking, após subir 12 posições em relação a 2022. 


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