NOTÍCIA #TRILEGAL: Porto Alegre ganha o primeiro hospital exclusivo para gatos

Porto Alegre passa a contar com uma novidade no mundo dos gatos: o primeiro hospital exclusivamente dedicado aos felinos. Com 150 metros quadrados, localizado no bairro Moinhos de Vento, o Chatterie Hospital Felino será inaugurado neste sábado (20). A estrutura que vai funcionar 24 horas por dia terá cinco consultórios para atendimento clínico geral e especialidades, 26 espaços para internação comum, seis espaços para internação de pacientes com doença infectocontagiosa (isolamento), sala de eutanásia e um laboratório próprio, chamado de DNA Felino. O local terá também o bloco cirúrgico Heloísa Justen - uma homenagem à pioneira da medicina felina no Brasil. A professora e veterinária carioca estará presente na inauguração onde será homenageada.


Instagram/Reprodução



Chatterie significa "lugar de gato". O nome foi adotado pelos sócios e proprietários Rochana Rodrigues Fett e Tobias Fett em homenagem à primeira clínica no mundo que foi criada na década de 1990 na França para atender somente gatos. A estrutura que vai funcionar em Porto Alegre é a segunda em funcionamento no Rio Grande do Sul.    

A novidade do hospital, segundo Rochana Fett, será a Sala de Despedida - um espaço dedicado para o procedimento de eutanásia. "É uma sala em que o tutor ou a família pode se despedir do seu bichinho de estimação e não remete a uma sala hospitalar que afasta as pessoas", destaca. A Sala de Despedida foi um espaço concebido pela médica veterinária para confortar os tutores na hora mais difícil. "A gente vê o amor que os tutores têm pelos filhos felinos e, muitas vezes, no momento de despedida, eles não conseguem ficar com o gato. Então, será nessa sala que eles vão poder ficar com o felino nos momentos finais da vida dele”, acrescenta.

O outro diferencial do hospital é a Sala de Acolhimento onde o paciente em cuidado paliativo pode ter a permanência 24 horas do seu tutor. O proprietário do gato poderá dormir com o animal em fase terminal. "Para eles poderem passar mais tempo fora do ambiente de internação, mas ainda num ambiente hospitalar. E isso resume o que a gente pensa: a nossa preocupação é com os tutores, com os cuidadores, os pais e mães de gato", destaca Tobias Fett.

Uma outra novidade do complexo hospitalar veterinário é o laboratório DNA Felino - exclusivo para a análise de gatos. Conforme Tobias, que atuou sempre na área de cirurgia veterinária, a partir de 2001 o casal decidiu atender somente gatos. "Quem colocou os gatos na minha vida foi a minha mãe. Ela sempre foi apaixonada pelos felinos", recorda.  

A médica veterinária disse que os felinos eram vítimas de muito preconceito das pessoas. "Na faculdade, os colegas diziam que iriam desistir de atender só gatos porque iam morrer de fome e não daria certo", recorda. Segundo Rochana, o seu sonho sempre foi atender os felinos e em 2001 ela conheceu a professora Heloísa Justen. O

A estrutura funciona na rua Doutor Vale, 88 no bairro Moinhos de Vento, em uma casa antiga que foi toda reformada pelo casal. A proprietária e sócia do hospital estima que existam cerca de 2 milhões de gatos no Brasil. "O Brasil é o País com a segunda população de gatos - perde apenas para os Estados Unidos. Os felinos crescem oito vezes mais que os cachorros", destaca. O crescimento recorde da população brasileira de felinos, de acordo com o Censo Pet IPB aumentou 6%, entre os anos de 2020 e 2021.


Fonte: Jornal do Comércio






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