Governo federal testa novo sistema de alerta de emergências climáticas para celulares

O governo federal prepara o lançamento de um sistema de disparo de alerta de emergência sobre chuvas e deslizamentos de encostas para todos os celulares de uma mesma região. O anúncio foi feito pelo diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), Armin Augusto Braun, no Rio de Janeiro, durante evento do G-20 na última quarta-feira, e confirmado ao Estadão pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) nesta segunda-feira.


Joédson Alves / Agência Brasil


Chamado "Cell Broadcast", o sistema de segurança entrará em vigor no segundo semestre deste ano, ainda sem data marcada, conforme informou o ministério. Atualmente, o projeto está em fase de testes de ajustes e finalização, incluindo as cidades onde o piloto será implementado.

O sistema é utilizado por outros países para informar sobre emergências climáticas, como terremotos. Nele, mensagens na tela de um celular aparecem como um pop-up, que se sobrepõe a qualquer tipo de conteúdo na tela. Todos os dispositivos de uma mesma região recebem o alerta, emitindo o som de uma sirene.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que testa a tecnologia desde outubro de 2022, os órgãos competentes podem optar por diferentes modos de alerta, incluindo um mais intrusivo, que dispara notificações com sinais sonoros e vibrações nos smartphones, exigindo que o usuário confirme a visualização do alerta para interromper a notificação.

Além de informar a população sobre os riscos, os alertas também podem indicar como proceder diante de eventos climáticos. Diferentemente do atual sistema de alerta por SMS, mantido atualmente pela Defesa Civil, o celular não precisa estar cadastrado para receber os alerta.

No evento no Rio, Braun explicou que a implementação da ferramenta leva tempo, pois exige o treinamento dos agentes municipais e estaduais da Defesa Civil, que vão operar o disparo das mensagens, e a elaboração de planos de contingência para o mecanismo.

"Existem quatro ações essenciais. Primeiro, é fundamental identificar o risco. Depois, preparar a comunidade para agir no desastre. Em seguida, organizar os dados oferecidos pelas agências federais e, por fim, fazer a informação chegar aos moradores", detalhou Braun em nota.


Fonte: Correio do Povo



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