Polícia Civil cria força-tarefa de combate a golpes e notícias falsas durante enchentes

A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), criou a Força-Tarefa Cyber para combater golpes e notícias falsas durante as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. A ação inclui os órgãos de inteligência, a Secretaria de Comunicação do governo do Estado (Secom) e a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações. 


Polícia Civil / Reprodução

Até o momento, segundo o DEIC, 19 sites e 39 perfis foram retirados do ar. Ao todo, 28 inquéritos foram abertos, sendo oito por suspeita de disseminação de fake news e 20 por casos de estelionato virtual. Segundo a diretora do Departamento, a delegada Vanessa Pitrez, desde o início das enchentes, os órgãos vêm monitorando ocorrências de golpes virtuais e divulgação de notícias falsas que atrapalham o andamento do serviço público.

A polícia notou que há dois enredos principais em relação às fake news. O primeiro envolve a divulgação de informações falsas sobre criminalidade generalizada nas áreas alagadas. Foram registrados, neste período, saques, roubos e crimes sexuais, porém, em diversos casos as informações eram falsas.

Conforme a delegada, casos assim provocam alarme e sensação de insegurança, além de atrapalhar o serviço de segurança, pois toda denúncia é investigada. Todo esse processo consome tempo e energia dos policiais que poderiam estar atuando nas atividades de resgate, salvamentos e patrulhamento.

O segundo enredo das notícias falsas é sobre a prestação de serviços públicos. Entre os relatos estavam que as forças de segurança estavam impedindo o deslocamento e multando caminhões que chegavam ao Rio Grande do Sul com doações, a da exigência de nota fiscal dos produtos doados, a de cobrança de parecer de nutricionista e de prazo de validade das marmitas, além de impedir a saída das doações dos centros de distribuição.

No total, foram 57 casos investigados, 40 suspeitas de golpes, sendo oito por fake news. Das investigações, 20 são por estelionato, 12 contas bancárias bloqueadas, 38 perfis e 19 retirados do ar e três pessoas foram presas por suspeita de envolvimento em esquema criminoso.


Fonte: Coletiva.net



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