A equipe do 'Verifica RS', iniciativa criada por três jornalistas gaúchas para propagar conteúdo checado, lançou, na última segunda-feira, 10, o formulário on-line 'Verifica pra mim?'. A iniciativa tem o objetivo de dar destino às informações falsas sobre as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul que surgem nas redes sociais. A pessoa que encontrar alguma publicação e desconfiar de sua credibilidade pode enviar o material, de forma anônima, para checagem por meio deste link (clique aqui).
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Com o formulário, o público compartilha o boato que viu circulando e ajuda a equipe do 'Verifa RS' a alimentar uma base de dados sobre desinformação. Esse material servirá para produzir estudos, mapear assuntos de interesse para hubs de checagem, como a Agência Lupa, além de contribuir com a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD).
Em conversa com a equipe de reportagem de Coletiva.net, a jornalista e coordenadora do Verifica RS, Juliana Coin, contou que o formulário funciona de duas maneiras. Sendo a primeira uma forte propagação no WhatsApp, com um texto padrão, para o maior número possível de grupos para que todos tenham o acesso facilitado a ele. "No texto terá a explicação sobre para o que serve o formulário e o link que será encaminhado para que a equipe possa coletar as informações. O mesmo link também está disponível nos nossos perfis do Instagram e TikTok", explica.
Coleta de materiais
Conforme Juliana, no momento, não serão checadas as notícias apontadas no formulário, pois ele tem o propósito de receber as informações falsas para desenvolver ações em cima das informações. "No momento, nós não temos verificado, mas, nada impede de fazermos isso no futuro. Estamos focados na primeira parte do projeto que é desenvolver estudos e coletas de informações." De acordo com a profissional, a meta é divulgar o projeto 'Verifica pra mim?', pois, assim, será possível entender o que acontece em relação à desinformação no Rio Grande do Sul, durante a catástrofe climática.
Juliana contou que, desde o início da catástrofe climática, notou-se que existia uma onda grande de informação falsa e surgiu da própria organização um interesse acadêmico de compreender o que acontecia. "Esse formulário, que vem com esse propósito de pensar academicamente, surgiu desta ideia de tentar entender o que a gente viveu e ter esse olhar mais científico sobre os dados falsos que estávamos recebendo", explica.
Quando o 'Verifica RS' estava em fase de desenvolvimento, Juliana divulgou, com seu grupo de pesquisa, o Laboratório de Pesquisas em Mídia, Discurso e Análise de Redes Sociais (MidiaRS), da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A coordenadora do grupo, Raquel Recuero, questionou se estava sendo feita alguma coleta desses dados para poder desenvolver a pesquisa. Com essa instrução, o MidiaRS foi convidado a ser parceiro da iniciativa e, dessa forma, começou a ser desenvolvida uma maneira mais prática de coletar as informações falsas. "Temos consciência de que não estaremos presentes em todos os grupos de WhatsApp, ou em todas redes, pois a internet é muito ampla. Mas construímos esse formulário que é colaborativo."
Fonte: Coletiva Net
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