Arqueólogos do Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades descobriram as ruínas de um observatório astronômico na cidade de Kafr El Sheikh. O prédio era o maior observatório conhecido no Egito no século 6 a.C – ou seja, há mais de 2,5 mil anos.
Apesar de escassas, as evidências mostram como os primeiros astrônomos acompanhavam meticulosamente os movimentos do Sol e das estrelas. Era um serviço crucial para a vida dos antigos egípcios.
Exemplos de artefatos encontrados/Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades |
Ruínas de observatório tinham artefatos e equipamentos usados por astrônomos no Antigo Egito.
Arqueólogos encontraram artefatos e equipamentos associados ao estudo dos céus dentro das ruínas do observatório, conforme divulgado pelo ministério egípcio (em seu site e página no Facebook). Construído em forma de L com pilares e tijolos de barro, ele cobria uma área de 850 metros quadrados. Sua entrada era voltada para o leste – a direção do nascer do sol.
Entre os principais artefatos encontrados, estava um grande relógio de sombra inclinado. Ele era um tipo de relógio de sol que usava o movimento de uma sombra conforme o sol se movia pelo céu para rastrear o horário do dia.
O relógio em questão consistia num curso de 4,8 metros de lajes de calcário, sobre as quais foram montados cinco blocos de calcário planos – três verticais e dois horizontais.
Um grande bloco de pedra também foi encontrado, numa sala circular, com dois blocos de pedra circulares – um ao norte e outro ao oeste. Isso também era usado para rastrear a inclinação do sol.
Outros artefatos encontrados no observatório incluíam estatuetas de bronze de Osíris e Nemes, uma estátua de terracota do deus Bes e uma estátua de granito datada da 26ª Dinastia, sob o reinado do faraó Wahibre Psamtik I. Esta estátua retrata Osíris e está inscrita para o sacerdote Psamtik-Seneb.
Cômodos do observatório
Uma série de cinco salas menores provavelmente era usada para armazenar as ferramentas do observatório, enquanto quatro salas pequenas de tijolos de barro e uma sala de pedra parecem ter sido usadas como a torre do observatório.
Os arqueólogos também encontraram um grande salão, com três paredes revestidas de argamassa amarela sobre as quais murais haviam sido pintados.
Um deles mostrava um barco com oito nichos e dois remos na parte traseira. Na frente do barco, os arqueólogos identificaram um desenho da cabeça de Hórus e do Olho de Udjat, símbolos ligados não apenas ao Universo e ao cosmos, mas ao deus Hórus e à deusa Wadjet.
No meio deste salão fica uma plataforma de pedra, sobre a qual foram encontradas inscrições principalmente de cenas astronômicas de nascer e pôr do sol durante as três estações observadas no antigo Egito.
Astronomia era crucial no Antigo Egito (e usamos suas ideias até hoje)
A astronomia era muito importante para os antigos egípcios. Eles usavam seu complexo calendário para marcar a passagem do tempo e determinar as datas de rituais religiosos e políticos, como festivais e coroações. Também era importante para rastrear a inundação anual do Nilo, agricultura e navegação.
Os egípcios estavam entre os astrônomos mais habilidosos da história antiga. E seu legado ecoa até os dias de hoje. Foi no Antigo Egito que o calendário de 365 dias nasceu, assim como o dia de 24 horas.
Além disso, eles mapearam completamente o céu noturno. E tinham suas próprias constelações e signos do zodíaco, alguns dos quais ainda são reconhecidos hoje
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