Movimento Psicólogos Sem Fronteiras chega em Porto Alegre nesta segunda-feira (16)

No mês em que ocorre a campanha Setembro Amarelo, Porto Alegre receberá uma missão do movimento humanitário independente Psicólogos Sem Fronteiras (PSF). Motivados pelos impactos psicológicos provocados pela recente tragédia da enchente, o grupo, que já atendeu a mais de 10 mil pessoas gratuitamente, chegará à Capital Gaúcha nesta segunda-feira. A equipe participará de reuniões com órgãos públicos e entidades e poderá realizar atendimentos gratuitos.

 Ariane Rodrigues / PSF

A programação da missão composta pelo coordenador da entidade sem fins lucrativos, Roder Nagib Goes, e mais cinco psicólogos iniciará na segunda-feira, às 11h na Secretaria Estadual de Saúde com a Coordenação de Saúde Mental, às 14h, eles estarão no BioHub do Tecnopuc, em Porto Alegre. Na quarta-feira, às 10h, a agenda será no Departamento de Saúde Mental da Secretaria da Saúde de Canoas. Na quinta-feira, às 18h, haverá uma reunião com o coordenador do curso de psicologia da PUCRS, Cristiano Dal Forno.

O principal objetivo é realizar uma visita técnica para entender como foi feito o atendimento durante a emergência das enchentes e trocar experiências com as estratégias adotadas pelas entidades sociais e governamentais. Apresentar o trabalho do Psicólogos Sem Fronteiras (PSF) e estabelecer possíveis parcerias para realizar atendimentos presenciais e online também estão entre as metas.

“Se houver oportunidade de realizar atendimentos imediatos no local, a equipe está totalmente disposta a atender o maior número de pessoas possível”, acrescenta Gabriela Pifer, assessora de Comunicação e porta-voz do PSF.

Embora o suporte inicial às vítimas tenha sido crucial, Gabriela explica que a vinda do grupo busca entender as ações de longo prazo, trocar conhecimento e identificar demandas emergentes, como casos de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), condição mental que se caracteriza por sintomas persistentes após um evento traumático, como revivência do evento, evitação de coisas que lembrem o evento e pesadelos frequentes.

Pesquisa sobre a saúde mental

A escolha de Porto Alegre se deu pela gravidade dos danos causados pelas enchentes e por ser um ponto de referência para a coleta de dados para um estudo futuro que o movimento planeja realizar no Brasil com o intuito de contribuir com o aumento do conhecimento sobre esse tema e ajudar a população. Nesse sentido, o movimento espera contar com a adesão ao Movimento, para composição de parceria, com Instituições de Ensino, tanto públicas, quanto privadas “A pesquisa é uma frente que pretendemos trabalhar nessa área, assim como a publicação de artigos, troca de informações e, mais para frente, quem sabe, oferecer cursos gratuitos”, complementa a porta-voz.

Sobre os Psicólogos Sem Fronteira

O movimento humanitário independente Psicólogos Sem Fronteiras é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Integração Social que integra o Grupo Estância - rede de clínicas presente em todo o Brasil. A missão do grupo é democratizar o acesso à saúde mental oferecendo atendimento nas comunidades brasileiras, assim como produzir informações sobre análise do comportamento.

Com escritório em Brasília, atendimentos presenciais realizados em Londrina/PR, no Maranhão e online em Araucária/PR, os profissionais voluntários do PSF já ajudaram mais de 10 mil pessoas. Além do escritório na Capital Federal, há um escritório regional em Londrina. Na cidade paranaense, foi inaugurado, na última terça-feira (10/09), o primeiro espaço de acolhimento no Brasil do PSF. Ele está instalado na Casa de Apoio Madre Maria Gertrudes, onde uma psicóloga voluntária presta o serviço à comunidade de forma presencial.

Os atendimentos online são realizados por meio da plataforma específica de teleconsulta e assim, consegue atingir indivíduos em diferentes localidades. “Por isso que a gente fala que quer atender todo o Brasil. O movimento é nacional, mas o nosso objetivo é realmente atender sem fronteiras, inclusive, com missões fora do País”, finaliza Gabriela.

Fonte: Correio do Povo

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