A dor lombar crônica é a queixa mais comum nos consultórios de ortopedia: estima-se que oito em cada 10 pessoas terão no mínimo um episódio pelo menos uma vez na vida. Diante de uma escassez de tratamentos eficazes e da dependência contínua de acompanhamento e cuidados de saúde, a busca por intervenções preventivas é crescente.
A lombalgia, como é chamada, afetava 619 milhões de pessoas, o equivalente a 10% da população mundial, em 2020, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade prevê que até 2050 esse número deve chegar a 843 milhões de indivíduos.
Agora, um novo estudo publicado na revista científica The Lancet aponta que caminhar regularmente 30 minutos por dia, cinco vezes na semana, é uma boa forma de evitar o problema.
Intitulada WalkBack (caminhar de volta, em tradução livre), a pesquisa foi realizada por cientistas das universidades Macquarie e de Sydney, ambas na Austrália.
Confira aqui o estudo original
O estudo chegou nesse resultado depois de avaliar um grupo de 701 adultos que haviam se recuperado recentemente de um episódio de dor na região e que alegavam ter dor lombar crônica. O estudo foi divulgado pela Agência Einstein.
Os participantes foram divididos em dois grupos: um que recebeu orientações de um fisioterapeuta durante seis meses, para estabelecer um programa individualizado e progressivo de caminhada, que fosse adequado às necessidades e preferências de cada um. O outro grupo era controle, ou seja, não recebeu orientações profissionais nem tratamento preventivo.
Para o grupo ativo, a ideia dos pesquisadores era que o programa fosse gerenciável. A meta era caminhar 30 minutos por dia, pelo menos cinco vezes na semana, durante seis meses. Ao final da análise, os resultados mostraram que o grupo que aderiu ao programa de caminhada demorou, em média, 208 dias para ter uma nova recorrência da dor. Já os voluntários do grupo controle tiveram um novo episódio de dor em uma média de 112 dias depois, quase metade do tempo.
Vale lembrar que, assim como aconteceu no estudo, o programa de caminhadas deve ser personalizado e assistido por um profissional, seja médico, fisioterapeuta ou educador físico.
Fontes: Correio Braziliense, Viver Bem UOL e Rádio Itatiaia
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