A escultura Heróis Voluntários está pronta para ser instalada na Usina do Gasômetro, um dos cartões-postais de Porto Alegre e ponto estratégico de resgate durante a enchente que atingiu a região. A obra é uma homenagem aos voluntários que arriscaram suas vidas para salvar desconhecidos, em atos de heroísmo que marcaram a tragédia.
A instalação vai ocorrer às 9 horas do dia 11 de dezembro. O barco – batizado de Fraternidade – tem 6,2 metros de largura e será instalado a uma altura de 4,7 metros. A escultura retrata 12 figuras humanas em um ato heroico: seis erguendo o barco, enquanto outras seis participam do resgate. Criança e animais de estimação também estão a bordo e representam que ninguém ficou para trás durante a operação. A obra de arte é assinada pelo artista plástico Ricardo Cardoso.
Renato Martins/Rede #AP |
A obra foi idealizada pela Federasul, com o apoio da Associação Comercial de Porto Alegre. O presidente da Federasul Rodrigo Sousa destaca que a escultura é um tributo não apenas a esses heróis anônimos, mas também um agradecimento ao “povo brasileiro” pelo apoio em um momento tão desafiador. Ao mesmo tempo, a obra serve como um alerta de que setores econômicos ainda enfrentam dificuldades como consequência da enchente, evidenciando a necessidade de solidariedade contínua e de políticas públicas eficazes.
Mais do que um marco turístico, a escultura carrega um forte simbolismo emocional. Ela relembra as vidas humanas e animais salvas graças à bravura dos voluntários.
Fraternidade – o nome do barco – é, acima de tudo, um convite à reflexão sobre a importância de pensar em um futuro mais preparado para os impactos de eventos climáticos extremos, e uma lembrança constante em relação às mudanças do clima que já estão presente em nossa realidade.
Ao lado da escultura um texto vai expressar a homenagem e o agradecimento do povo gaúcho aos Heróis Voluntários:
Homenagem aos milhões de brasileiros voluntários anônimos, que estenderam suas mãos aos gaúchos em um momento tão difícil, numa enorme rede de solidariedade.
Retrata, no exemplo das embarcações de resgate que navegaram pelas ruas de cidades gaúchas inundadas, as virtudes de homens e mulheres que arriscaram suas vidas para salvar desconhecidos. Os sentimentos mais nobres que emergiram em Estados de todo Brasil, trazendo sustentação para as ações no RS, em extremo esforço conjunto para que ninguém ficasse para trás.
Expressa a superação pela união de brasileiros e revela o elo inquebrantável que nos une enquanto nação: o senso comum de responsabilidade por aqueles com quem nos importamos.
Uma obra à memória de nossa terra no seu momento de dor, superação e inspiração, em maio de 2024, para que possamos aprender com o que aconteceu, agradecer e evoluir.
Nosso muito obrigado a todos os brasileiros que nos estenderam as mãos!
Fonte: Federasul e Correio do Povo
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