#CENADECINEMA: Leia a análise de ENTRE MONTANHAS, estreia da Apple TV+

ENTRE MONTANHAS, UMA SEMI BOMBA NA APPLE TV+ - Assisti agora à tarde com as minhas filhas, o aguardado, propagandeado e exagerado "terror com fantasia com romance" lançado neste 14 de fevereiro no streaming, como uma "homenagem" ao dia dos namorados no hemisfério norte. O filme também faz uma referência explícita à data, num determinado ponto da história, que torna a trama mais interessante.


Divulgação


Assistindo ENTRE MONTANHAS (que eu esperava muito, pois gosto do Miles Teller, de WHIPLASH, TOP GUN MAVERICK e da ótima série THE OFFER), tenho mais certeza ainda que cada vez mais estamos muito bem de criatividade para os argumentos dos filmes de Hollywood, mas falta talento para desenvolver roteiros ajustados e competentes. 

A premissa é a missão de dois atiradores de elite que precisam ficar sozinhos durante um ano trabalhando em torres de vigilância de um desfiladeiro misterioso (sabe-se lá o que tem lá embaixo), cada um do seu lado: aqui, Oriente e Ocidente trabalham juntos. Teller, que é também produtor do longa, é o zelador do lado americano. A estrela de GAMBITO DA RAINHA e FURIOSA, Anya Taylor-Joy, é a sniper do lado russo.       

Tudo bem, lá fui eu com a minha mania de achar que a história era crível. Queria um enredo recheado de suspense, com pingos de conspiração, recortes de espionagem e todo o mal que poderia estar encravado entre as montanhas poderia estar restrito a algum complô herdado da Guerra Fria. Ok, esse, em parte, é o mote de tudo. Mas, apesar de aparecer no trailer aquela mão gosmenta (ou pata aterradora) quase pegando a personagem da Anya, eu esperava que a solução não fosse tão fantasiosa. E para mim, é o que estraga o filme.

O clima de romance inusitado, fazendo jus ao Valentine's Day e todo o resto da ação são ótimos, bem filmados e realizados para a tela, entregando adrenalina e qualidade nos efeitos. O diretor Scott Derrickson parece ser um cara esforçado. Ele fez o festejado TELEFONE PRETO em 2021 e o EXORCISMO DE EMILY ROSE, de 2005, considerado pelos críticos um dos melhores no gênero "arrancando espíritos malignos do corpo das pessoas". Mas ele deixa uma série de perguntas não respondidas, contudo, é bem melhor nem pensar nisso.

Nem Sigourney Weaver (que deve ter matado a saudade dos Aliens no set de filmagem), salva os intermináveis clichês, ao encarnar o papel ambíguo de uma chefona que não sabemos em que time joga. Lá pelas tantas, o excesso de "monstruosidades" se une às soluções fáceis e costumeiras dos filmes pós guerra que ficam calcados sempre nos cenários EUA x Rússia.

Por isso a minha decepção.

A química dos protagonistas, as cenas de ação e a produção é que elevam a minha nota para 6.
 


renatomartins@redeatitudepositiva.com.br

Renato Martins, jornalista, radialista, cinéfilo e professor, editor da Rede #AtitudePositiva e criador do projeto mulimídia #CenadeCinema.









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