Furto de gado no RS tem queda de quase 70% desde 2016

O furto de gado, crime conhecido como abigeato, vem apresentando uma redução expressiva no Rio Grande do Sul ao longo dos últimos anos. Desde 2016, a ocorrência desse tipo de crime caiu de 10.480 casos para pouco mais de 3.200 casos até o fim de 2024, uma diminuição de 69,4%, de acordo com dados da Polícia Civil.

Fernando Dias/Seapi


Já no comparativo das primeiras 11 semanas do ano, o número de ocorrências passou de 500 casos, em 2024 para 336 no mesmo período de 2025, 32,8% a menos.

Segundo a Divisão de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) da Polícia Civil, o reforço na fiscalização, o uso de videomonitoramento e a colaboração dos produtores têm sido fatores importantes para essa redução, pontua o diretor Heleno dos Santos.
Além disso, ele recomenda que os pecuaristas observem a movimentação ao redor de suas propriedades e comuniquem às autoridades qualquer atividade suspeita. “Você verifica isso. (É bom) sempre manter um olhar cuidadoso à sua volta, comunicando às polícias, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar”, afirma Santos.

O monitoramento por câmeras tem se tornado um recurso relevante para coibir furtos de gado em regiões historicamente afetadas pelo crime de abigeato, como a de Bagé, um dos cinco municípios que possuem unidades do Decrab, junto com Alegrete e Camaquã, no Sul do RS, além de Cruz Alta e Santo Ângelo, na metade Norte do estado.

Imagens captadas em estradas e acessos a propriedades ajudam na identificação de veículos e suspeitos envolvidos nos crimes. Segundo a Polícia Civil, municípios que adotaram esse tipo de tecnologia registraram reduções mais significativas nos índices de abigeato.

Outra recomendação dos especialistas em segurança rural é o registro imediato das ocorrências, independentemente do número de animais furtados. “Registrar a ocorrência quando acontecer. Pode ser uma cabeça, ou dez cabeças, ou quarenta cabeças. Sempre fazer o registro”, destaca Santos. A notificação formal permite que as autoridades investiguem os casos com maior agilidade e adotem medidas para evitar novos crimes.

A tendência de queda no abigeato acompanha mudanças no mercado e no transporte de animais. O aumento da fiscalização no trânsito de gado e a exigência de documentação para comprovar a origem dos animais comercializados dificultam a ação de criminosos. A intensificação das operações policiais nas zonas rurais e o mapeamento das regiões com maior incidência de furtos também são apontados como fatores que impactam na redução dos registros.

Apesar da diminuição nos números, a Polícia Civil alerta que o crime ainda ocorre e exige atenção contínua de produtores e autoridades. A recomendação é manter medidas de segurança, como a instalação de cercas reforçadas, uso de sistemas de monitoramento e comunicação rápida com as forças policiais em caso de suspeitas.

Fonte: Jornal do Comércio 



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