O caso de Juliana Marins, brasileira que morreu ao cair de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, comoveu o Brasil. A falta de estrutura e a demora para o resgate da jovem ainda em vida gerou revolta entre familiares, amigos e internautas. No entanto, a solidariedade de guias também ganha repercussão nas redes sociais.
Uma procura mais incisiva pela dançarina profissional de pole dance só começou quando o alpinista Agam Rinjani organizou uma equipe de forma voluntária para tentar localizá-la e resgatála.
Reprodução Redes Sociais |
Nascido em Makassar, maior cidade da região leste da Indonésia, é um alpinista experiente, que conta com mais de 400 mil seguidores no Instagram. Nos posts, ele costuma compartilhar registros das expedições e aventuras que participa.
Com a ajuda de um parceiro, identificado como Tyo, ele fez deslocamentos diários até o local do acidente, percorrendo um trajeto com mais de seis horas desde o início da trilha. As buscas ocorreram em condições adversas, com visibilidade limitada e terreno escorregadio.
Nas redes sociais, ele documentou os esforços promovidos, compartilhando vídeos do acampamento improvisado com barracas, cordas, capacetes e equipamentos utilizados durante a operação.
Agam só alcançou o ponto onde o corpo estava quando o dia escureceu. Então, passou a madrugada segurando a vítima no local para que não escorregasse mais. Desse momento até a chegada do corpo no hospital, foram 15 horas de trabalho.
Tyo publicou um vídeo no qual mostra como a equipe passou a noite no penhasco, próximo ao corpo de Juliana Marins.
"Depois de confirmar que a vítima havia morrido, nossa equipe combinada de voluntários a protegeu e passou a noite em um penhasco vertical íngreme com condições rochosas instáveis a 3 metros da vítima, enquanto esperava outra equipe para retirá-la de cima", diz a publicação.
Desde então, os voluntários vêm recebendo uma chuva de comentários agradecendo a disposição em resgatar a brasileira.
"Independente do desfecho, temos que reverenciar o guia Agam Rinjani que, de forma voluntária, montou equipe e foi em busca da Juliana mesmo em um território inóspito, mesmo sem estrutura e apoio do governo da Indonésia. Nossa eterna gratidão, Agam Rinjani", diz um comentário na internet.
A família da jovem, também emitiu um agradecimento: "Somos profundamente gratos aos voluntários que, com coragem, se dispuseram a colaborar para que o processo de resgate de Juliana fosse agilizado".
Entenda o caso
Natural de Niterói (RJ), ela realizava um mochilão pela Ásia desde fevereiro. A tragédia teve início quando a mesma escorregou e caiu em uma trilha. Sem blusa de frio, vestindo apenas calça jeans, camiseta, luvas e tênis, ela estava sem água e comida desde sexta-feira (21).
Informações iniciais de que uma equipe de resgate havia a localizado e entregue suprimentos há alguns dias foram desmentidas pela irmã, Mariana Marins, nas redes sociais. Na segunda (23), a brasileira foi localizada imóvel por um drone após a queda.
A morte dela foi confirmada um dia depois, na terça-feira (24), por seus familiares: "Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido", destaca o texto.
Fonte: TV Cultura
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