Veja como ficará o "Distrito Caldeira" após todas as intervenções previstasMais uma expansão do Instituto Caldeira está a caminho. Após iniciar a ampliação de seu complexo para a antiga fábrica de tecidos da Guahyba, o espaço de inovação que abriga mais de 130 empresas no 4º Distrito fará um hotel e uma torre corporativa em outro terreno que está a sua frente, onde hoje existe o DC Shopping. Os detalhes do projeto e as imagens estão neste post.
Todas as fotos deste post são: Instituto Caldeira/Divulgação |
O complexo custará R$ 100 milhões, com recursos de investidores parceiros. A área do shopping pertence à família Renner, que também fará parte do projeto. Para viabilizar a obra, grande parte do DC Shopping será demolida — restando apenas o espaço onde hoje funciona o restaurante Mule Bule, que antes da enchente era operado pelo Mercado Paralelo.
— É uma região estratégica da cidade, com infraestrutura pronta. Estamos próximos de quem vem de fora da cidade, seja de carro ou pelo aeroporto. É um lugar que sempre esteve ligado à inovação: agora, com o Cadeira, e no passado, quando existiam as indústrias — diz Frederico Renner Mentz, um dos idealizadores do Instituto Caldeira e sócio fundador da Tijolo Hub.
O projeto para a área do DC prevê usos diversos. Em uma primeira fase, serão erguidos dois prédios, sendo um deles para escritórios, com lajes de 1 mil metros quadrados divisíveis em até quatro unidades de 250 metros quadrados.
— Tem empresas que querem uma coisa "mais padrão", com laje corporativa, diferente de como é o Caldeira hoje. Estamos fazendo a curadoria de quem virá para esse prédio. Queremos trazer empresas vinculadas ao que chamamos de "nova economia". Pode ser de tecnologia, de economia criativa ou as ditas "tradicionais", mas que querem estar conectadas com esse universo — explica Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira.
O outro edifício do complexo será para um hotel, que terá flats e espaços para lojas no térreo. As duas construções terão sete andares cada e contarão com 240 unidades residenciais e 126 de uso corporativo. O projeto foi desenhado pelo escritório Arquitetura Nacional.
— Esse segundo prédio será de short stay (aluguel por curta temporada), para receber quem vem ao Caldeira a trabalho ou para alguma reunião — completa Mentz.
O Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) do complexo está aprovado na prefeitura de Porto Alegre, mas ainda é preciso entrar com o pedido dos projetos executivos. A demolição do shopping também já foi autorizada, mas só deve ocorrer em 2027. Depois disso é que começará a obra dos prédios.
Impactos da enchente
Inaugurado em 1994, o DC Shopping foi um dos empreendimentos da Capital mais impactados pela enchente do ano passado, assim como o próprio Caldeira. Naquele período, mais de 20 marcas deixaram o centro comercial. No entanto, não foi isso o que motivou a elaboração do atual projeto para a área, já que os estudos começaram a ser feitos ainda antes da cheia.
Hoje, restam algumas lojas de móveis e de tapetes no shopping, que serão realocadas para novos espaços no futuro complexo, caso essa seja a vontade dos locatários.
Mesmo com os impactos negativos da enchente, o CEO do Caldeira avalia que a tragédia deu mais visibilidade para a região:
— A enchente acabou funcionando como um ponto de transformação na trajetória do 4º Distrito. Aquilo que era um problema local, da noite para o dia virou uma questão global. Hoje temos empresas do mundo todo olhando para nós, que se sensibilizaram e estão investindo em nós — diz Valério.
Enquanto o projeto de expansão para o DC não sai do papel, o Caldeira segue em obras na antiga fábrica de tecidos da Guahyba. Segundo Valério, a ideia é tornar o local um "distrito de inovação" em uma área delimitada de 230 mil metros quadrados no bairro Navegantes.
Estão sendo investidos R$ 120 milhões na reforma da antiga fábrica de tecidos. Com a nova área, o espaço para atividades de empresas e instituições passará dos atuais 22 mil metros quadrados para 55 mil metros quadrados. A entrega para os futuros inquilinos começa no final do primeiro semestre de 2026.
— Já negociamos com seis empresas que querem ocupar 9 mil metros quadrados dessa nova área. Outras 25 querem espaços de 50 metros quadrados cada — diz o CEO do Caldeira.
Hoje, por dia, circulam mais de 1,6 mil pessoas no instituto. Um muro que divide a antiga fábrica da Guahyba e o DC Shopping será derrubado para integrar os espaços. A revitalização também prevê uma praça aberta ao público com arquibancadas, uma marca registrada do Caldeira.
Veja como ficará o "Distrito Caldeira" após todas as intervenções previstas
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