O Ministério da Saúde começou a implementação de um teste no Sistema Único de Saúde (SUS) para detectar precocemente o câncer do colo do útero. O chamado teste de biologia molecular DNA-HPV é um método moderno e inovador capaz de identificar 14 genótipos do papilomavirus humano (HPV), e pode identificar o vírus no organismo antes da ocorrência de lesões ou câncer em estágios iniciais.
João Risi/MS |
Segundo o Ministério da Saúde, o teste será implementado inicialmente em 11 estados brasileiros, além do Distrito Federal: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná.
O HPV é a principal causa do câncer do colo do útero, sendo o terceiro tipo mais incidente entre as mulheres. São 17.010 casos novos estimados por ano, no triênio 2023-2025.
Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta 15 casos da doença a cada grupo de 100 mil mulheres. Além de conferir maior sensibilidade diagnóstica, o novo teste reduz a necessidade de exames e intervenções desnecessárias, com intervalos maiores entre as coletas quando o resultado der negativo. Outra vantagem é o rastreamento equitativo e de alta performance, que alcança mulheres em áreas remotas ou com menor oferta de serviços.
Produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, ligado à Fiocruz, o teste molecular de DNA-HPV substituirá o exame citopatológico Papanicolau, que passará a ser realizado apenas para confirmação de casos em que o teste DNA-HPV der positivo. Por ser mais eficaz, a nova tecnologia permite ampliar os intervalos de rastreamento para até cinco anos, aumentando a eficiência e reduzindo custos.
“Com o Papanicolau, o exame precisa ser repetido a cada três anos. Com essa nova tecnologia, o intervalo passa a ser de cinco anos. Além disso, elimina a necessidade de nova coleta quando o resultado é inconclusivo — a mesma amostra já serve para todos os exames necessários, acelerando o encaminhamento ao tratamento”, explica o ministro Alexandre Padilha.
Novo método será implementado em todo o Brasil até o final de 2026
A expectativa é de que, até dezembro de 2026, o rastreio esteja presente na rede pública de todo o território nacional, beneficiando 7 milhões de mulheres de 25 a 64 anos por ano.
Fonte: TV Cultura
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