A 43ª edição do Acampamento Farroupilha começou nessa segunda-feira (1º), com os termômetros chegando a marcar 29ºC em Porto Alegre. Em meio ao calor, como seria se o chimarrão, tradicional bebida gaúcha, que não é exatamente refrescante, se transformasse em sorvete?
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Foi nisso que pensou a microempreendedora gaúcha Ilana Nogueira, 39 anos, proprietária da Padoca Artesanal, em Garopaba, Santa Catarina, onde viveu nos últimos 10 anos. Por lá, a confeitaria desenvolveu sorvetes de sabores diferentes, como de tiramisù. O toque especial era, segundo ela, ser criativo. Eis, então, que veio a ideia de mesclar com a cultura do chimarrão.
— A gente pensou que, estando aqui no Acampamento Farroupilha, uma maneira de prestigiar a tradição seria criando um sorvete para homenagear o público gaúcho. Pensamos com que erva-mate faríamos, se era a moída, a processada, a peneirada. A escolha foi democrática, suave e autêntica. Uma erva-mate popular, mas de boa qualidade. Acertamos a receita de primeira — conta a empresária.
A estreia do sorvete no Acampamento Farroupilha foi celebrada por Ilana: o primeiro dia comercializando o produto foi no domingo (31), antes mesmo da abertura do evento, e vendeu 50 copinhos em apenas duas horas. Acabou com o estoque.
Na segunda-feira (1º), mesmo com capacidade triplicada, a tendência era a de acabar com os insumos, tamanha a procura. A ideia dela é que, até 21 de setembro, dia do encerramento do evento, sejam mais de mil unidades vendidas.
— Está sendo um sucesso — comemora a empreendedora criativa, que trabalha ao lado de outras quatro pessoas no evento.
Refrescante e equilibrado
Embora a Padoca Artesanal seja de Santa Catarina, a empresa conta com operação em Porto Alegre a partir de um tuque-tuque – um triciclo equipado com uma máquina de sorvete expresso, fazendo vendas na Redenção e em eventos como o Acampamento Farroupilha, onde está estacionado próximo ao palco principal, o Jayme Caetano Braun.
— A gente faz sorvete expresso, que é normalmente ultraprocessado, de maneira artesanal. Eu amo sorvete expresso. Então, criei a linha artesanal dele. A gente faz tudo artesanalmente. Peso o leite, o açúcar, a gema. E a gente joga com a criatividade — explica Ilana.
A reportagem do jornal Zero Hora provou a iguaria e confirma: um sabor suave, sem pesar o amargor de um mate. Equilibra o leite e o açúcar, mas sem deixar dúvidas que é feito de erva-mate. Para um dia de calor, ainda traz refrescância e não é enjoativo.
O copinho de sorvete de chimarrão custa R$ 17. Ainda há outras combinações, como mescla com sorvete de creme, café ou cookie.
Empolgada com a repercussão, Ilana já projeta para os próximos dias de evento:
— É possível que a gente desenvolva um milkshake de chimarrão.
Fonte: GZH
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