CNA/Wenderson Araujo/Trilux |
Na soja, principal cultivo da agricultura gaúcha, a produção estimada aponta para 21,4 milhões de toneladas colhidas. Se confirmado o cenário, indicará uma produção 57,1% superior à última colheita, que teve quebra de 27% no Estado.
As boas novas vêm dos prognósticos do clima. A previsão analisada pelo Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) indica menor probabilidade de ocorrência de La Niña no último trimestre do ano. O fenômeno tem como efeito reduzir a condição de chuvas no Estado. A tendência até aqui, portanto, não antecipa sobressaltos aos agricultores, conforme Flávio Varone, meteorologista do Simagro.
Um outro destaque positivo vem do milho. Na cultura, que é importante para a diversificação da safra de verão, a estimativa aponta para um crescimento de quase 10% em área plantada, o que resultaria em uma produção de 5,7 milhões de toneladas. A região Noroeste, puxada por Santa Rosa, lidera no plantio.
No arroz, a área plantada deve ser 5,17% menor na próxima temporada. O movimento acompanha a menor intenção do produtor em plantar o cereal diante da queda acentuada nas cotações de preço do produto agrícola. A produção estimada é de 8 milhões de toneladas, menor em 8% em relação ao ano passado.
A atenção da temporada também se volta ao sorgo, que passou a ser mensurado pela Emater como uma cultura que assume posição importante na agricultura gaúcha. Serão mais de 11 mil hectares dedicados ao cereal na próxima safra.
— É uma cultura que se apresenta importante na safra de verão — diz o diretor técnico.
Crédito preocupa
Além da atenção ao clima, tanto o crédito quanto o seguro das lavouras serão pontos de alerta para agricultores na próxima temporada. O diretor técnico da Emater diz que a relação entre área plantada e área custeada está entre as mais baixas já observadas.
Responsável pela área de crédito rural da Emater, Célio Colle menciona o juro alto, que também faz ter menor procura nos financiamentos por parte dos produtores.
"A previsão do clima é um bom alento. Mas precisamos de colheita. Precisamos de grão. Só com isso o agricultor terá algum respiro para conseguir comercializar", diz Colle.
Fonte: GZH
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