Detentos de penitenciária em Charqueadas produzem sacolas ecológicas de modo totalmente artesanal

O estímulo ao trabalho prisional no Rio Grande do Sul foi uma das pautas de destaque do 1º Encontro Estadual de Enfrentamento ao Racismo no Sistema Prisional, realizado em Porto Alegre na semana passada. Durante o evento, promovido pela Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Polícia Penal e Conselho Penitenciário, os participantes receberam sacolas ecológicas confeccionadas por apenados da Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC).

Rafa Marin/Ascom Polícia Penal


Um grupo de seis presos participou da produção das chamas “ecobags”, realizada na oficina de costura da unidade. O projeto surgiu de uma demanda do Departamento de Políticas Penais da SSPS, que por sua vez repassou a proposta ao Departamento de Tratamento Penal da corporação. Ao todo, foram feitas 250 bolsas, distribuídas entre os inscritos na programação.

No Rio Grande do Sul, a Polícia Penal administra atualmente 114 estabelecimentos prisionais ligados ao Estado. Em julho, havia 50.226 apenados nos regimes fechado, semiaberto, aberto e provisório, além de monitorados eletronicamente. Desses, 15.054 estavam envolvidos em alguma forma de atividade laboral dentro ou fora das unidades.

Com a palavra…

A diretora do Departamento de Políticas Penais, Bruna Becker, explicou que as ecobags foram criadas com base em princípios de sustentabilidade e buscavam integrar a reflexão sobre o enfrentamento ao racismo com a ressocialização dos apenados: “O projeto oferece aprendizado, perspectiva de renda futura e aproxima os presos do debate sobre questões raciais”.

Para a chefe da Divisão de Trabalho Prisional, Fernanda Beatriz Dias, a iniciativa foi desafiadora e teve retorno positivo dos internos: “Eles relataram que atividades como essa permitem enxergar novas possibilidades e até imaginar oportunidades de trabalho remunerado fora do sistema prisional”.

Um dos apenados envolvidos na confecção, identificado como Adalberto (nome fictício para proteger o apenado) para preservar sua identidade, afirmou que o projeto teve impacto pessoal: “O trabalho na oficina tem feito uma grande diferença tanto na minha vida quanto na dos colegas presos. Quero sair e trabalhar com tudo que aprendi aqui dentro”.

A técnica superior penitenciária Maria Eduarda da Silva, responsável pela coordenação da atividade, também promoveu oficinas sobre enfrentamento ao racismo com os participantes. A ação garantiu aos apenados o direito à remição de pena – um dia a menos para cada três de trabalho, conforme a Lei de Execuções Penais.

Para o delegado da 9ª Delegacia Penitenciária Regional, Ângelo Larger Carneiro, iniciativas como a de Charqueadas são fundamentais: “O trabalho prisional é um dos pilares da Polícia Penal e encaramos como uma das atividades principais no processo de ressocialização”.


Fonte: O Sul


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