RS destina R$ 19 milhões extras à alimentação escolar e duplica aporte para escolas em tempo integral
O Rio Grande do Sul anunciou um reforço significativo às políticas de educação: R$ 19 milhões adicionais serão destinados à alimentação escolar, juntamente com um expressivo aumento de 54% de recursos para escolas de tempo integral. Essas iniciativas compõem as metas do governo estadual em melhorar a qualidade de ensino e reduzir desigualdades educacionais, especialmente em municípios mais vulneráveis.
Itamar Aguiar / Palácio Piratini |
O anúncio feito pela Secretaria da Educação chega num momento em que muitos estados enfrentam desafios crescentes com o custo da merenda e a necessidade de ampliar o atendimento da jornada estendida. Com a verba extra, espera-se que escolas integradas possam oferecer refeições de melhor qualidade, maior variedade nutricional e reforço no suporte aos estudantes, sobretudo em regiões fora dos grandes centros. As escolas de tempo integral — importantes para o desenvolvimento acadêmico, social e emocional dos alunos — terão condições de reforçar infraestrutura, contratar apoio pedagógico e ampliar atividades extracurriculares.
A ação também tem impacto direto nas famílias. Para estudantes cujo domicílio apresenta dificuldades econômicas, a garantia de alimentação adequada durante o período escolar reduz a insegurança alimentar em casa. Além disso, a ampliação da jornada integral permite que alunos permaneçam mais horas sob supervisão escolar, com atividades que vão além do currículo formal — reforço em alfabetização, oficinas culturais ou esportivas, e suporte socioemocional — o que pode diminuir evasão, melhorar o rendimento e promover mais equidade.
Gestores escolares de diversas regiões já manifestaram otimismo. Em regiões rurais, onde há maior custo de transporte e menor rendimento per capita, a melhoria de financiamento para alimentação e escola em tempo integral representa uma mudança real. Segundo diretores ouvidos pela imprensa local, embora o custo operacional também vá subir, o suporte financeiro extra poderá permitir manter operações, melhorar insumos e até garantir melhor capacitação para funcionários. A expectativa é de que o programa esteja plenamente vigente até o início do novo ano letivo, com aplicação gradual dos recursos.
Desafios
Entretanto, há desafios a serem enfrentados: logística de distribuição de alimentos, qualidade e diversidade do cardápio, contratação de mais professores para cobrir a ampliação de turno, condições físicas das escolas para funcionamento em tempo integral e monitoramento dos resultados. O sucesso dependerá da articulação entre Estado, municípios, secretarias de Educação e Saúde, participação da comunidade escolar e transparência no uso dos recursos.
Se tudo ocorrer conforme o planejado, o reforço anunciado pode representar não apenas uma melhoria imediata no dia a dia dos estudantes, mas um avanço estrutural no modelo educativo gaúcho — ajudando a consolidar escolas como centros de aprendizado integral e ponto de apoio social em comunidades menos favorecidas.
Fonte: Governo RS e Redação AP
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