Estudante gaúcha é destaque em concurso mundial de redação e ganha bolsa parcial para escola de verão em Londres
Imagine você ser finalista de um concurso mundial de redação em que 63 mil candidatos inscreveram textos. Natural de Porto Alegre, a estudante Maria Eduarda Costa Beber Corrêa, de 17 anos, na foto abaixo, realizou tal façanha.
A aluna do 2° ano do Fleming Ensino Médio foi selecionada na competição promovida pelo Instituto John Locke, de Londres. No começo deste mês, passou três dias na capital inglesa onde recebeu certificado, assistiu a palestras de filósofos e psicólogos e ainda ganhou uma bolsa parcial de estudos no programa de verão da instituição.
| Arquivo pessoal |
Apaixonada por livros de suspense e por escritores como a norte-americana Jennifer Lynn Barnes — autora de Jogos de Herança — e o britânico Arthur Conan Doyle, criador do personagem Sherlock Holmes, Maria Eduarda diz que sempre teve uma relação próxima com a literatura.
Ela tem o hábito de ler obras indicadas pelos professores e se atualiza sobre as notícias por meio de jornais e noticiários televisivos. Do total de inscritos, 18% — cerca de 11 mil — foram selecionados como finalistas. A jovem cita os motivos pelos quais decidiu participar do concurso:
— Fui atrás de uma forma de melhorar meu currículo, tanto para o futuro, quanto para a universidade. Querendo ou não, redação é uma matéria que precisa para todas as áreas. É importante ter essa experiência.
Dessa maneira, Maria Eduarda descobriu o desafio do Instituto John Locke, leu o regulamento e optou por se inscrever na categoria Psicologia. Foi necessário dissertar, em inglês, sobre o seguinte enunciado. "Eleanor Roosevelt declarou: Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento. Ela está certa?"
— Era uma redação online. Então, tive alguns meses de preparo. Eu escrevia, reescrevia e fazia rascunhos. Também pesquisei fontes para melhorar meu argumento. Tudo para ter uma melhor redação — relata a competidora, que enviou o texto em junho.
Em sua argumentação, sustentou a ideia de que sim, Eleanor Roosevelt — primeira-dama dos Estados Unidos durante os quatro mandatos de seu marido, o presidente Franklin D. Roosevelt — estava com razão. Para embasar seus pontos de vista chegou a utilizar ideias de pensadores e até do físico alemão Albert Einstein.
Maria Eduarda pensa em cursar Medicina — pretende atuar como cirurgiã geral —, mas ressalta a sua paixão pela escrita e por pesquisar e conhecer sobre culturas variadas. Ter a oportunidade de produzir textos em sala de aula foi outro diferencial:
— A gente faz redação toda a semana. Já fiz várias. Isso me deu uma confiança maior para entrar na competição.
Desde criança, a porto-alegrense estuda inglês. Segundo ela, o contato com o idioma foi outro ponto importante para ter um bom resultado na redação. Ela compartilha uma reflexão sobre a escrita:
— A escrita também é conhecimento. Quando tu escreve, tu não senta e escreve tudo o que precisa. Tu vai construindo ao longo do tempo. Isso dá muito conhecimento para a pessoa. Tanto a questão de repertório, saber e estar informada das coisas que acontecem atualmente no mundo.
Agora, a família precisa decidir se Maria Eduarda participará do intercâmbio de verão oferecido pela instituição. Enquanto aguarda, ela aproveita para colocar a leitura em dia. Está lendo o livro Instinto Assassino, de Jennifer Lynn Barnes.
Fonte: GZH
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