A 30ª conferência das partes (COP30) começa nesta segunda-feira (10) em Belém (PA), no Brasil. O encontro global reúne quase todos os Estados-membros da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) para negociar e impulsionar ações climáticas num momento em que o mundo tenta “acender uma década de aceleração e entrega”, conforme definida pela organização anfitriã.
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Dentre os principais temas em debate estão a transição energética com foco na triplicação da capacidade renovável e no abandono gradual dos combustíveis fósseis; a adaptação das cidades, infraestruturas e sistemas hídricos aos impactos crescentes da mudança climática; e o papel central da natureza — especialmente das florestas tropicais — como mecanismo de mitigação dos gases de efeito estufa.
Além disso, o financiamento climático — tanto para mitigar emissões quanto para lidar com perdas e danos — aparece como um eixo crítico, com a meta de mobilizar cerca de US $1,3 trilhão por ano até 2035.
A importância deste evento global não pode ser subestimada: ao sediar a conferência na Amazônia, o Brasil coloca o bioma tropical no centro das atenções mundiais, enfatizando que proteger florestas, biodiversidade e comunidades tradicionais é parte intrínseca da ação climática. A COP30 representa, portanto, uma chance de alinhar compromissos negociados com ação real — mitigação, adaptação, justiça climática e financiamento — em um mundo onde o tempo para agir está se esgotando.
Resumo e temas em discussão
Delegados de todo o mundo se reunirão em Belém (PA) para duas semanas de negociações cruciais, discussões dinâmicas e colaboração global, todas focadas em enfrentar a crise climática com urgência e ambição.
Alguns dos principais temas em discussão refletem a urgência de acelerar a ação climática global e cumprir as metas do Acordo de Paris. Entre eles, destacam-se:
- Transição energética e descarbonização – Os países debatem estratégias para triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030 e reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis, com foco em políticas de incentivo e financiamento para fontes limpas, como solar, eólica e hidrogênio verde.
- Financiamento climático – Um dos pontos mais sensíveis é o apoio financeiro aos países em desenvolvimento para mitigação e adaptação. A meta é mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035, incluindo o fundo de “perdas e danos” destinado a nações mais vulneráveis aos desastres climáticos.
- Proteção das florestas e da biodiversidade – A Amazônia está no centro das atenções, e o Brasil pretende liderar discussões sobre preservação florestal, bioeconomia e respeito aos povos indígenas como parte essencial das soluções climáticas.
- Adaptação e resiliência – Diante do aumento de eventos extremos, há um foco crescente em planejamento urbano sustentável, gestão de recursos hídricos e segurança alimentar para lidar com os impactos já inevitáveis da crise climática.
- Justiça climática e transição justa – Os debates também abordam como garantir que a transição para uma economia verde seja inclusiva e equitativa, evitando que trabalhadores e comunidades dependentes de setores poluentes fiquem para trás.
Esses temas mostram que a COP30, a COP da Verdade, não é apenas um evento diplomático, mas uma oportunidade histórica para alinhar compromissos e transformar promessas em ações concretas pelo clima.
Fonte: Diário Online do Pará
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