Caxias do Sul (RS) mantém tendência de redução da criminalidade e registra queda de 61% nos homicídios

Seguindo a tendência observada desde o segundo semestre do ano passado, Caxias do Sul pode fechar 2025 com novas quedas nos principais índices de criminalidade, como roubos e mortes. Entre eles, até o início de novembro, os homicídios apresentam uma redução de 61%. Em todo ano passado, foram 59 homicídios, enquanto, até este momento, foram 23 em 2025. 

João Pedro Rodrigues/Secom

Os números foram apresentados nesta semana pelas forças de segurança no Centro Integrado de Operações de Caxias (CIOp). Entre os crimes violentos letais intencionais (CVLIs) — que incluem também feminicídios, latrocínios e mortes em confronto com a polícia, a redução é de 51%. Foram 74 no ano passado contra 35 até o início de novembro. Na comparação de mesmo período, até o fim de outubro, a queda é exatamente de 50% (34 neste ano contra 68 em 2024). 

Participaram do encontro representantes da Brigada Militar (BM), Polícia Civil e prefeitura, o que inclui a Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social e a Guarda Municipal. 

A avaliação das forças de segurança é que a atuação integrada é um diferencial no combate ao crime no município. Ao mesmo tempo, são citados aparatos como o sistema de monitoramento do próprio CIOp e investimentos em recursos humanos, armas e frota. Esses últimos possíveis também por conta do Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública (Piseg). 

Roubos em queda

Os roubos a pedestre, veículos e estabelecimentos também seguem a tendência de queda, como havia sido apresentado no primeiro semestre deste ano. A comparação é com todo o ano passado:

  • Roubo a pedestre: 241 (29% de queda) 
  • Roubo de veículo: 63 (43% de queda)
  • Roubo ao comércio: 26 (36% de queda)

Assim, em todo 2024, foram 340 roubos a pedestres, 112 roubos a veículos e 41 roubos a estabelecimentos. 

Apreensões e prisões em alta

De forma separada, BM, Polícia Civil e Guarda Municipal apresentaram números da atuação de cada um dos órgãos de segurança. Entre eles, o número de prisões, apreensões de armas e entorpecentes, bem como a captura de foragidos. Confira abaixo: 

Brigada Militar

  • Armas de fogo apreendidas: 246
  • Prisões em flagrante: 2.142
  • Entorpecentes apreendidos: 806,6 kg
  • Foragidos capturados: 244


Polícia Civil

  • Prisões: 783*
  • Armas apreendidas: 48
  • Mandados de busca: 448
  • Operações: 26

*Número inclui prisões em flagrante, captura de foragidos ou por mandado


Guarda Municipal

  • Foragidos capturados: 117
  • Apreensões de arma de fogo: 10
  • Prisões por tráfico de drogas: 90
  • Recuperação de veículos: 45


O que dizem município e forças de segurança

Comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Márcio Borba Fernandes:

"Nós temos, sim, alguns diferenciais do ano passado. Nós recebemos efetivo no final do ano. Isso é um mérito das forças vivas que aqui estavam naquele momento, forças políticas que se movimentaram para trazer esse aporte de recursos humanos para nós. Isso, sem dúvida, tem que ser um elemento a ser considerado, catalisador dessa melhora. Conseguimos renovar toda a nossa frota veicular, e com isso fazemos já um agradecimento público aos empresários que são adeptos do nosso programa do Piseg. Então, nós tivemos uma renovação de praticamente 100% da nossa frota veicular e fez com que a gente conseguisse alcançar para o efetivo condições de trabalho, veículos novos, zero quilômetro, com total capacidade operativa e armamentos que foram adquiridos recentemente. O investimento qualificado, aliado com a inteligência que nós trabalhamos muito forte desde que chegamos aqui, o trabalho de inteligência conjunta entre Brigada Militar, Polícia Civil e demais órgãos, como a polícia penal, por exemplo, é fundamental". 

Delegado regional da Polícia Civil na Serra, Augusto Cavalheiro Neto:

"Isso se deve muito a um trabalho de muitas mãos. Então, tanto na questão da integração entre as forças policiais, na integração entre essas forças policiais e administração municipal, a participação efetiva da comunidade, da população, através do Disque Denúncia, por meio do telefone 181, especialmente no trabalho da Polícia Civil, que lida com a questão da investigação. É um conjunto de fatores que faz com que a gente, hoje, possa comemorar esses números, mas sempre atento, porque ainda tem números que precisam ser reduzidos". Secretário de segurança pública, Paulo Roberto Rosa da Silva, e prefeito de Caxias, Adiló Didomenico.

Prefeito de Caxias, Adiló Didomenico:

"A prefeitura contribuiu fazendo investimento em toda essa montagem, esse aparelhamento do CIOp, colocando essas ferramentas à disposição. Mas nada disso teria dado o resultado que deu, se não fosse a integração e o trabalho eficiente e profissional em conjunto de todos os órgãos de segurança. Isso tem que ser destacado e por vezes isso passa batido, porque a gente às vezes não percebe esse trabalho de inteligência que o pessoal faz aqui nos bastidores, essa integração, troca de informações e operações em conjunto. O crime sente quando existe uma organização por parte dos órgãos de segurança. Nós vemos situações pelo mundo afora que, por vezes, o crime está mais organizado que os órgãos de segurança. Ao contrário, nós estamos vendo aqui em Caxias". 

Fonte: GZH


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