Com retorno de espaços culturais, shows e corrida, Noite dos Museus 2025 leva milhares ao Centro de Porto Alegre

Com temperatura amena, ruas cheias e longas filas, a 9ª edição da Noite dos Museus confirmou, neste sábado (29), a promessa de ser a maior da história. Dezenas de atrações simultâneas, dois palcos ao ar livre, corrida noturna e o retorno de espaços simbólicos como a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) marcaram a noite.

Giulian Serafim/PMPA

Desde o fim da tarde, o público começou a se concentrar nas imediações da Praça da Alfândega, epicentro da programação. 

No entorno, as luzes refletiam nos prédios históricos, enquanto famílias, turistas e grupos de amigos disputavam espaço nas filas, algumas delas dobrando esquinas, para acessar os museus e galerias.

A movimentação também impactou o trânsito, como era de se esperar. Até cerca das 19h, o fluxo era relativamente tranquilo. Depois, a chegada de visitantes provocou lentidão significativa, especialmente na Mauá, uma das principais rotas para o Centro Histórico.

Filas no Margs

O Margs, que retomou participação neste ano após obras e restrições de fluxo ocasionados pela enchente, voltou a ser um dos pontos mais disputados da noite. A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) viveu cenário semelhante, com grande público nas escadarias e circulação intensa pelos andares.

— Você viu a fila quilométrica do Margs? O museu está aberto o ano inteiro, por que lotou hoje? Isso é energia. As instituições não abrem apenas para o evento: elas abrem no evento para as pessoas — afirmou Rodrigo Nascimento, CEO da Rompecabezas, produtora responsável pela Noite dos Museus.

Entre quem encarou a espera estava a psicóloga Thais Carvalho, 35 anos, que decidiu participar pela primeira vez justamente para ver de perto o movimento que transforma o Centro em uma grande caminhada cultural:

— É muito bacana ver o Centro vivo, iluminado e com tanta gente tranquila na rua. A beleza dos prédios e a ocupação do espaço público chamam atenção — disse.


Raul Pereira/Marcelo Oliveira/ALRS

A Assembleia Legislativa marcou presença na Noite dos Museus 2025 (foto acima), recebendo centenas de visitantes em uma celebração que reforça a importância da cultura para Porto Alegre.

Retomada dos espaços e clima mais quente agradaram visitantes

Com a volta da CCMQ e do Margs, o circuito ganhou peso simbólico. A mudança definitiva para novembro, adotada após a enchente de maio de 2024, também foi bem recebida pelo público.

— Acho sensacional fazer nesta época do ano. Dá para ir de um lugar para outro com tranquilidade, sem frio e sem chuva — avaliou o sociólogo Gerson Almeida, 66 anos.

Acompanhado da esposa, a artista e curadora Miriam Tolpolar, ele destacou a relevância cultural do evento:

— É um momento de formação de público. A cidade precisa de ideias como essa para revitalizar os equipamentos culturais.

Entre quem já acompanha o evento desde as primeiras edições está a jornalista Ana Carolina Aguiar, 31 anos. Para ela, a Noite dos Museus simboliza um movimento que ultrapassa a programação oficial:

— Eu venho desde a primeira edição, acho sensacional, uma oportunidade de incentivar a cultura. E acho engraçado que as pessoas escolham… parece que precisa só na Noite dos Museus para visitar as nossas instituições. Mas é super válido e necessário que a gente participe, que comente, que leve no coração para visitar sempre, não só quando tem esses eventos — disse.

O palco da Praça da Alfândega ainda entregou mais um grande momento da noite ao público. Durante o show do rapper Rashid, que iniciou às 23h, Emicida surgiu de surpresa, arrancando gritos do público que lotava a praça.


Giulian Serafim/PMPA

Corrida leva atletas ao Centro

A Noite Run (foto acima), novidade de 2025, levou 3 mil atletas às ruas em percursos de 4 quilômetros e 8 quilômetros, conectando a programação cultural a um novo público. Entre os participantes estava Rosa Lucena, 37 anos, que veio de São Francisco de Paula especialmente para o evento:

— A corrida foi quase uma desculpa para vir. É muito bonito ver a cidade viva à noite. Queria que tivesse mais vezes. Mesmo cansada, vou seguir circulando para ver shows e comer no Mercado — contou.

A experiência se repetiu para outros corredores, que aproveitaram a prova como porta de entrada para a noite cultural. A bancária Arielle Borges, 39 anos, completou o trajeto de 4 quilômetros e deixou a chegada emocionada:

— É uma emoção. É muito legal o Porto Alegre estar fazendo uma coisa para as pessoas se divertirem, e que envolve cultura, envolve esporte. É maravilhoso.

Para 2026, a tendência é ampliar a presença do esporte dentro do evento. Segundo o organizador Rodrigo Nascimento, a ideia é reforçar a proposta já na próxima edição:

— No ano que vem, queremos fazer também uma meia maratona — afirmou

A organização confirmou que a 10ª edição da Noite dos Museus já tem data: 28 de novembro de 2026.

A aposta é manter o formato em clima quente, ampliar a integração entre espaços e seguir valorizando o Centro Histórico como território cultural. 

— É um abraço coletivo na cidade. E a cidade estava precisando disso — resumiu Rodrigo Nascimento.

Fonte: GZH


Praça da Matriz - Raul Pereira/Marcelo Oliveira/ALRS

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