Pelotas e Santa Maria vibraram com o Som do RS, projeto que vem valorizando a cena da música e das bandas do sul do país. A etapa de shows das bandas, selecionadas por uma curadoria especializada, formada por profissionais de destaque no mercado da música brasileira, se encerra dia 23 de novembro, com um baita show em Porto Alegre, no Pavilhão Ecossustentável da Cultura Hip Hop, na Restinga. Gabi Lamas, de São Lourenço do Sul, Batuca na Bituca, de Taquara e Jalile e Camila Balbueno, de Porto Alegre representam o projeto por aqui, e prometem apresentações memoráveis. E ostentando a potência da cultura periférica, também sobem ao palco os artistas Jeff Conex, a MC Daia Negra e o Dj Caramão. E mais: jam de breaking com b-boys e b-girls que agitam a cultura de rua na Restinga. O evento se inicia às 13h, e a entrada é franca.
| Batuca na Bituca - Andressa Port/Divulgação |
Gabi Lamas e Banda é o projeto autoral da cantora e compositora Gabi Lamas, acompanhada por André Paz (guitarra), Gabriela Lery (baixo), Lígia Lazevi (sintetizador) e João Bauken (bateria). Com um som divertido e pesado, a banda mistura ritmos brasileiros como sertanejo, baião e milonga com uma pegada de rock alternativo e performático, onde o drama cotidiano encontra a ironia e o deboche. Gabi Lamas também atua como diretora de arte e realizadora no audiovisual e traz, através de seu projeto musical, um convite ao caos afetivo, ao humor melancólico e à liberdade de rir do próprio desequilíbrio.
A Batuca na Bituca (foto acima), do Vale do Paranhana, mistura elementos do indie rock anglo-saxão com ritmos brasileiros como samba, forró, xote e baião, em letras que abordam temas existenciais, sociais e políticos. Tem dois EPs: Acalanto para o Mundo Moderno e Antes de Envelhecer. Em 2024 lançou seu primeiro álbum de estúdio, o Batuca na Bituca, com repercussão e premiações em festivais: Fisga de Anzol (campeã do II Festival Itinerante de Música Brasileira em 2023), Fantasia de Fevereiro (primeiro lugar no 19° Festival Alegretense da Canção em 2024) e E o Botequim? que se consagrou a música mais popular do 1° Festival POA Autoral, em 2025.
Camila Balbueno é cantora, compositora e produtora cultural da cena musical de Porto Alegre. Desde 2014, constrói uma trajetória autoral marcada pelo cruzamento entre o pop, o rock gaúcho e a milonga, com temas como amor, corpo e identidade a partir das suas vivências. Participou de projetos como Noite dos Museus, Vozes Contemporâneas, em Palmeira das Missões, Sarau Elétrico, Porto Verão Alegre. Realizou shows autorais em espaços como Teatro de Arena, Bar Ocidente, Espaço Força e Luz e faz parte Da programação do Caxias Soul Duetos 2025.
A mineira Jalile, residente em Porto Alegre, tem em sua trajetória interferências culturais diversas, formando sua identidade artística. Sua obra vem com estética autêntica, contemporânea e tropical, com o R&B, o soul e o groove em fusão com ritmos nacionais como o axé, brega e funk. Nas letras, ‘causos’ de romances e sofrências cantadas com muito drama, humor e irreverência.
O Som do RS é um programa de valorização da música e das bandas do sul do país. Começou mapeando e cadastrando bandas nas nove regiões do RS e oferecendo mentorias ministradas ao vivo pelo streaming com mestres e mestras da MPB, gente que está inserida no mercado da música e que entende muito do assunto: Pena Schmidt, Dani Ribas, Fernanda Couto, Edson Natale, Dríade Aguiar e Cristina Baum. O projeto proporcionou um percurso de trocas, a fim de ampliar a visão e conhecimentos, em encontros virtuais que abordaram a produção de um evento, utilizando como case o Sofá na Rua de Pelotas; o Morrostock e suas ações sustentáveis, curadoria e comunicação em Sta. Maria e, por fim o Pavilhão Ecossustentável da Cultura Hip Hop na Restinga, em Porto Alegre, e sua trajetória até se transformar em um espaço cultural de referência. Para além desta etapa de shows e trocas, estão previstas novas mentorias, agora presenciais, gravações e imersão em São Paulo para o início de 2026. O projeto Som do RS é financiado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, repassados pela União ao Estado do Rio Grande do Sul.
O projeto Pavilhão Ecossustentável da Cultura Hip Hop, localizado na Restinga, transformou um espaço abandonado em um local onde a vida pulsa, repleto de atividades, conhecimento, vivências e oportunidades. Articulado com empresas locais interessadas em fortalecer o bairro e instrumentalizar os jovens da região, aposta na economia solidária e ecológica, educação popular, arte, cultura e saúde. Vinculado à Prefeitura Municipal de Porto Alegre, fomenta os movimentos do hip hop e do breaking, um esporte que atualmente integra os jogos olímpicos e que é amplamente praticado na Restinga. O projeto do Pavilhão Ecossustentável tornou-se possível graças ao trabalho da moradora do bairro Claudisséia Vieira dos Santos, arte educadora, militante ativista, coordenadora do coletivo Frente Nacional de Mulheres do Hip-Hop do RS e Presidenta da FGB RS, que junto com o morador Movan dos Santos Lara, microempreendedor coordenador da Marcenaria e Serralheria Anjos, mobilizaram toda a comunidade ao redor de uma ideia, que hoje dá frutos e floresce na comunidade, dando protagonismo às mulheres da arte e cultura, gerando oportunidades de renda e cooperação.
Serviço:
Som do RS / etapa Porto Alegre
Domingo, 23 de novembro, a partir das 13h
Pavilhão Ecossustentável da Cultura Hip Hop - Imperador Hiroito, 385 / Restinga
Classificação livre / entrada franca
Confira os detalhes no site do projeto.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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