Campanha pelo uso correto dos patinetes é intensificada em Porto Alegre

Os patinetes, adorados por alguns e criticados por outros, estão incorporados definitivamente à mobilidade urbana de Porto Alegre. Os defensores destacam a agilidade na locomoção pela cidade. Quem não gosta aponta muitos condutores despreparados e que abusam da velocidade. Além disso, a população reclama que os usuários largam os equipamentos em qualquer lugar - como, por exemplo, em corredores de ônibus, na frente de garagens, na rampa destinada para cadeirantes e cadeiras de bebê e até em piso tátil destinado a pessoas cegas e com baixa visão. Um levantamento da Empresa Pública de Transporte e Circulação aponta a existência de mais de 2 mil patinetes na cidade.

César Lopes / PMPA


Por conta desses fatores, a EPTC decidiu intensificar as campanhas de orientação aos usuários dos patinetes na Capital. Ações semanais são realizadas na Orla do Guaíba e na região dos parques - Marinha do Brasil, Redenção e Moinhos de Vento (Parcão) - em função da presença de crianças e idosos. João Paulo Cardoso Joaquim, coordenador de mobilidade ativa da Secretaria de Mobilidade Urbana, destaca que nas abordagens as equipes de fiscalização orientam os usuários a, por exemplo, não abusarem da velocidade (limite permitido de 10km na Orla do Guaíba e parques da cidade), a não utilização do patinete por duas pessoas e não transportar cargas. "Tem muita gente que não se dá conta do que está fazendo. Neste sentido, é preciso orientar e conscientizar os condutores", ressalta.

O tesoureiro da Associação de Pessoas Cegas e Com Baixa Visão do Rio Grande do Sul (Acergs), William Gabriel Flores, destaca a série de dificuldades para circular pela cidade. No largo Glênio Peres, por exemplo, Flores foi vítima da falta de educação de um usuário de patinete que deixou o equipamento em cima do piso tátil por onde circulam cegos e pessoas com baixa visão.

"Convivemos diariamente com as 'armadilhas do mobiliário urbano' da cidade. Essa de colocar o patinete no piso tátil tem se tornado bem frequente", acrescenta. Na região do Centro Histórico, Flores destaca também a dificuldade de circulação entre os balizadores colocados no largo Glênio Peres e contêineres de lixo. "Precisamos de espaço e sem obstáculos para circular com segurança no Centro Histórico", acrescenta.

Usuários são orientados sobre regras de uso do equipamento, afirmam empresas 

Em nota, a JET Brasil destaca o compromisso de orientar os clientes para um trânsito seguro na cidade. A empresa informa que conta com uma equipe de instrutores se revezando nas principais estações de retirada do veículo, a fim de orientar sobre regras de uso, frenagem e manobras. Ainda é comum a JET realizar periodicamente a campanha educativa "Escola de Direção Segura" nos principais pontos das cidades em que atua a fim de orientar a população.

A empresa aponta que, no início de cada viagem, o usuário pode observar pelo aplicativo como estacionar de forma adequada sem atrapalhar o trânsito de pedestres ou demais veículos. Em cada viagem, o usuário tem acesso a vídeos que explicam as principais regras, como: a idade mínima (18 anos), proibição de largar o veículo nas calçadas, fazer transporte de carga ou levar acompanhante ou animais.  

A JET Brasil criou este ano uma pontuação individual (de 100 pontos) para cada usuário, calculada em critérios como: condução segura, respeito ao limite de velocidade, estacionamento correto e ausência de infrações. Com o passar do tempo, os usuários que tiverem baixa pontuação - por exemplo, estacionando de forma inadequada - poderão ter acesso suspenso ao serviço. Já os com boa pontuação poderão receber bônus ou outras vantagens. 

A Whoosh diz que opera com sistema de estacionamento em pontos fixos, ou seja, não permite que os patinetes sejam deixados em qualquer lugar. As viagens sempre começam e terminam em pontos oficiais de estacionamento indicados no mapa do aplicativo.

A corrida só é finalizada quando o patinete é estacionado no ponto correto - e as tarifas continuam sendo cobradas até que isso ocorra. Além disso, a empresa conta com uma equipe própria que atua 24 horas, sete dias por semana, fiscalizando e organizando os pontos de estacionamento.

A ideia, segundo a Whoosh, é garantir que os patinetes estejam sempre bem posicionados, para evitar obstruções em áreas como pisos táteis, rampas de acesso, entradas de garagem e demais locais proibidos. A empresa também realiza ações como a Escola de Direção onde orienta sobre as boas práticas de uso dos patinetes.

Nessa atividade, é explicado como utilizar o equipamento e abordadas todas as regras de condução, como utilização apenas por maiores de 18 anos, utilização individual, sendo apenas uma pessoa por veículo e sobre onde e como estacionar os patinetes corretamente. Além disso, realiza as Blitzes Educativas, onde aborda usuários que estejam utilizando o equipamento de forma irregular, orientando sobre as normas e sobre as consequências da má utilização, que inclui o bloqueio do usuário na plataforma.

Fonte: Jornal do Comércio


Quer boas notícias todos os dias? E também receber conteúdo de qualidade com o nosso jornalismo de soluções? E ainda, estar atualizado com informações de serviço que ajudam na sua vida, saúdecomportamento e até mesmo sua vida financeira?  

Confira aqui neste site a atualização diária do nosso conteúdo. Coloque o link nos seus favoritos e divulgue para os amigos nossas notícias positivas!  

Siga também nossas redes sociais (clique para acessar):

E inscreva-se também no Canal de YouTube do nosso editor, o Canal do Renato Martins.    

Comentários