Porto Alegre está entre os dez maiores PIBs do Brasil

A cidade de Porto Alegre cresceu sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, após ser a terceira do País que mais ampliou sua economia entre 2022 e 2023. O avanço no protagonismo, entretanto, manteve a capital gaúcha como a nona maior economia do Brasil. E, considerando a sua macrorregião, é possível colocá-la em quinto lugar no ranking, atrás das concentrações urbanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.

Alex Rocha/PMPA


Os dados dos PIBs dos municípios foram divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações sobre as economias municipais são divulgadas anualmente, com uma defasagem de dois anos. Entretanto, a publicação das estatísticas de 2022 atrasou devido a uma revisão da metodologia utilizada pelo IBGE. Assim, os números relativos aos anos de 2022 e 2023 foram publicizados de maneira conjunta.

O bom desempenho da capital gaúcha está atrelado a uma alta no setor de serviços, o que também se consolidou como o principal impulsionador de economias municipais em nível nacional. No caso de Porto Alegre, o segmento que mais se destacou foi o comércio, em especial o atacadista. Mas é possível identificar que a economia cresceu de forma generalizada, com áreas como construção civil e indústria de máquinas e equipamentos obtendo bons índices. 

"Em 2023, teve muito crescimento do comércio atacadista (no Rio Grande do Sul), que está concentrado nos municípios maiores, e essas cidades acabaram ganhando mais (no PIB). O comércio varejista, que também cresceu, é mais desconcentrado, então não é o caso (das grandes cidades como Porto Alegre)", destacou o pesquisador do Departamento de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul, Vinícius Fantinel. 

O crescimento de Porto Alegre está acompanhando um fenômeno nacional: as capitais voltaram a crescer seus PIBs, freando a tendência de desconcentração econômica que havia sido registrada em 2021. A participação no PIB nacional dos 5.543 municípios que não são capitais recuou de 72,5% em 2022 para 71,7% em 2023, enquanto os 27 municípios de capital expandiram de 27,5% para 28,3%, conforme relatório do IBGE. 

O instituto aponta que uma das causas para isso foi a queda econômica em municípios que dependiam da indústria extrativa, especialmente do petróleo: Maricá (RJ), com queda de 0,3 ponto percentual, seguido por Niterói (RJ) e Saquarema (RJ), com -0,2 ponto percentual, cada. Ilhabela (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ) completam a lista, ambos com -0,1 ponto percentual. Em 2023, houve um recuo nos preços dos produtos. 

No caso do Rio Grande do Sul, há duas cidades nas quais a economia está, de certa forma, atrelada ao preço do combustível: Triunfo, em virtude do Polo Petroquímico, e Canoas, pela Refinaria Alberto Pasqualini, da Petrobras. Ambas as cidades registraram queda no seu percentual de participação na economia estatal entre 2021 e 2023. Enquanto Triunfo perdeu 2,1 pontos percentuais, Canoas reduziu quase 3,4 pontos percentuais. 

A estimativa também dá conta de outras cidades gaúchas. Muitas delas, aliás, foram capazes de ampliar suas economias — assim como Porto Alegre — apesar de 2022 e 2023 terem sido os anos mais críticos de participação do Rio Grande do Sul no PIB nacional. É o caso de Gravataí, que avançou duas posições no ranking das maiores economias, subindo do sexto para o quarto maior PIB no Estado. Santa Cruz do Sul também avançou da oitava para a sétima posição.

É possível, ainda, vislumbrar mudanças no contexto regional. Ao considerar as cinco macrorregiões propostas pelo Mapa Econômico do RS, a Região Norte, que vinha ampliando seu protagonismo, recuou, passando de 21,29% do PIB gaúcho em 2021 para 18,76% em 2023. O avanço foi maior na Região Metropolitana, que saltou de 36,43% para 39,68% no mesmo período. A Serra, o Sul e a porção Central do Estado mantiveram índices semelhantes.

As 10 cidades com os maiores PIBs do Brasil

  1. São Paulo (SP), com PIB de R$ 1.066.825.105.000 e 24,5% de participação no PIB nacional
  2. Rio de Janeiro (RJ), com PIB de R$ 1.066.825.105.000 e 9,7% de participação no PIB nacional
  3. Brasília (DF), com PIB de R$ 365.669.108.000 e 3,3% de participação no PIB nacional
  4. Maricá (RJ), com PIB de R$ 134.092.034.000 e 1,2% de participação no PIB nacional
  5. Belo Horizonte (BH), com PIB de R$ 130.197.671.000 e 1,2% de participação no PIB nacional
  6. Manaus (AM), com PIB de R$ 127.649.795.000 e 1,2% de participação no PIB nacional
  7. Curitiba (PR), com PIB de R$ 120.065.276.000 e 1,1% de participação no PIB nacional
  8. Osasco (SP), com PIB de R$ 119.404.053.000 e 1,1% de participação no PIB nacional
  9. Porto Alegre (RS), com PIB de R$ 104.743.272.000 e 1% de participação no PIB nacional 
  10. Guarulhos (SP), com PIB de R$ 97.557.674.000 e 0,9% de participação no PIB nacional
Fonte: Jornal do Comércio  

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