Hospital de São Leopoldo (RS) inicia tratamento com bolha respiratória na Área Covid

Na Área Covid do Hospital Centenário, uma nova tecnologia, não invasiva, que pode reduzir a necessidade de intubação dos pacientes já está sendo utilizada. É a Bolha de Respiração Individual Controlada, a BRIC. A bolha impermeável, transparente, vedada e inflável tem conexões respiratórias que permitem a oxigenação pulmonar reduzindo o esforço do paciente e sem a necessidade de sedação. 

 

Foto de Aline Marques/Imprensa Hospital centenário


A BRIC é indicada para pacientes com disfunção respiratória, com baixa saturação, mas ainda sem indicação para intubação. Conectada a um respirador, a bolha pode ser utilizada por até 12 horas no paciente. No Centenário a tecnologia segue um protocolo específico e a utilização é por até 8 horas para avaliação da resposta do paciente. Antes de ser instalada e cada quatro horas de uso, os níveis de oxigenação são medidos e os parâmetros indicam a nova etapa de tratamento. O paciente Joezer Brasil de Souza, 33 anos, internado há 14 dias na UTI Covid, usou por quatro dias a BRIC, o que evitou que fosse intubado. A saturação inicial de 67 evoluiu para 96, mantendo os níveis dentro da margem de segurança. Nesta quarta-feira, 14, Joezer deixou a UTI e foi para um leito clínico. “Foi muito bom, estava preocupado por talvez ter que ser intubado, consegui respirar bem, me senti tranquilo e agora comemoro ter saído da UTI’’, disse.

Na Área Covid do Centenário, três bolhas estão sendo utilizadas.  Com indicação e parâmetros para o uso, a paciente Benícia Trarbach, 67 anos, está mantendo bons níveis de saturação.

De acordo com o coordenador da fisioterapia da instituição, Rodrigo Ferreira, a bolha oferece maior conforto ao paciente. “Com a bolha o paciente pode se comunicar, fica mais confortável. É uma forma de manter o paciente fora da intubação e garantir resultados satisfatórios’’, explica. 

A presidente do Hospital Centenário, Lilian Silva, acompanhou na área de isolamento o primeiro paciente a fazer uso da tecnologia. “É uma possibilidade real de avançar no tratamento proporcionando maior conforto e ao paciente. Toda a tecnologia que podermos absorver para beneficiar os pacientes será bem-vinda”, afirma. 

Para usar a bolha, o paciente passa por uma avaliação rigorosa. O tratamento não é indicado para pacientes claustrofóbicos, com histórico de deslocamento de retina e sangramento de vias aéreas.


Com informações da área de comunicação do Hospital Centenário




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