Itália apresenta projeto para reconstruir arena do Coliseu de Roma

O ministério da Cultura da Itália revelou neste domingo (2) um projeto ambicioso de reconstrução da arena do anfiteatro romano do Coliseu, o local onde os gladiadores combatiam, e que será acessível aos visitantes a partir de 2023.

Foto Jametlene Reskp / Unsplash

Uma empresa de engenharia de Milão venceu a licitação.

 O projeto utilizará lâminas de madeira móveis e aproveitará a ventilação natural das passagens subterrâneas, que na época dos jogos circenses abrigavam animais selvagens e escravos.

"Trata-se de um novo passo para a reconstrução da arena, um projeto ambicioso que ajudará a conservação das estruturas arqueológicas, recuperando a imagem original do Coliseu e sua característica complexa máquina cênica", afirmou o ministro da Cultura, Dario Franceschini.

O objetivo é que os visitantes possam admirar o monumento simbólico a partir do centro da arena, como acontecia até o fim do século 19.

Também será possível organizar grandes atividades culturais, mas as autoridades não querem transformar o local em uma casa de espetáculos.

Em 29 de julho, o ministro Franceschini deseja convidar ao Coliseu os ministros de uma reunião do G20 dedicada à Cultura.

Foto Henry Paul / Unsplash 


Antes da pandemia de covid-19, 25 mil turistas visitavam diariamente o anfiteatro em forma de elipse, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco.

De acordo com a diretora do parque arqueológico do Coliseu, Alfonsina Russo, o terreno de 3 mil m² será acessível aos visitantes a partir de 2023.

As obras de reconstrução da arena serão objeto de uma licitação europeia de 15 milhões de euros (pouco mais de R$ 98 milhões).

Os trabalhos devem começar no fim deste ano ou início de 2022, com previsão de conclusão em 2023, informou Russo.

O projeto selecionado, divulgado neste domingo, será uma estrutura leve que poderá ser desmontada por completo e estará recoberta de accoya, uma madeira muito resistente, explicaram os engenheiros.

As lâminas estarão equipadas com um sistema de rotação que permitirá a iluminação e ventilação natural das passagens subterrâneas.

A água da chuva será coletada para proteger melhor as ruínas e também para ser usada nos banheiros públicos do monumento mais visitado de Roma.

Com informações do UOL




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