Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pela CNN, mostram que o setor de Tecnologia da Informação (TI) foi um dos que cresceu com maior constância durante a pandemia da Covid-19.
O levantamento indica que o segmento registra um saldo positivo de contratações desde dezembro de 2020, completando 19 altas mensais consecutivas, com um balanço de 110 mil postos (admissões menos demissões).
O último saldo negativo registrado pelo setor foi em novembro de 2020, quando houve 21,5 mil demissões e 19,4 mil contratações. De lá para cá, a área somente teve altas na quantidade de funcionários admitidos pelo segmento. Somente no ano de 2022, foram geradas 30,6 mil novas vagas na área.
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Saldo de empregos por mês em 2022:
- Junho: 4,1 mil
- Maio: 5,8 mil
- Abril: 3,9 mil
- Marco: 5,4 mil
- Fevereiro: 4,9 mil
- Janeiro: 6,5 mil
Para o especialista em Tecnologia e Inovação Arthur Igreja, a procura por profissionais de TI foi impulsionada pela pandemia de Covid-19. Ele explica que os especialistas da área são recrutados desde então para lidar com os desafios do trabalho híbrido e dos ciberataques, que aumentaram durante a crise sanitária devido ao maior uso da internet como forma de comunicação.
Igreja diz ainda que a expectativa é que o número de vagas continue crescendo ao longo dos próximos meses.
“As áreas mais promissoras para o futuro no Brasil são de cibersegurança, inteligência artificial e ciência de dados. Essas áreas estão com uma escassez muito grande de funcionários e as empresas procuram pessoas qualificadas para contratar”, finalizou o especialista em tecnologia.
Qualificação para vagas
O especialista em recrutamento Claudio Riccioppo avalia que o setor de Tecnologia da Informação criou muitas vagas durante a pandemia, mas há poucos profissionais qualificados para ocupar esses postos de trabalho. Ele explica que o profissional precisa estar sempre estudando e aprimorando suas qualificações.
“Cursos curtos e gratuitos são uma boa opção para que o profissional possa se manter atualizado. Diversas universidades renomadas oferecem esses cursos. Também é importante manter o currículo atualizado e saber se portar nas entrevistas”, explica.
Para o CEO da GeekHunter, market place de contratação de profissionais na área de TI, Tomás Ferrari, as habilidades técnicas são essenciais, mas as interpessoais são tão importantes quanto.
“Não se pode esquecer que esses profissionais trabalham em equipe e os recrutadores também avaliam se a pessoa tem boa comunicação oral e escrita”.
Ele acrescenta que, em relação às habilidades técnicas, todo profissional de TI precisa entender de lógica de programação, que dá ferramentas necessárias para começar a programar e desenvolver sistemas. Segundo Ferrari, o profissional também precisa ser dinâmico e adaptável às mudanças de mercado e tecnologia.
“O profissional precisa se adaptar às tendências de mercado, ser dinâmico e inovador para não ficar para trás”, destaca.
Leia a notícia original no site da CNN Brasil
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