Cientistas desenvolvem aparelho capaz de detectar em tempo real a presença de covid no ar

Pesquisadores na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveram um monitor de baixo custo capaz de detectar a presença do vírus da Covid, da gripe e outras doenças respiratórias em tempo real em ambientes fechados. Os resultados do estudo foram publicados nesta segunda-feira na revista Nature Communications e os cientistas estão trabalhando para comercializar o aparelho.

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No momento, ainda não há nada que nos diga se um ambiente é seguro ou não. Mas com o dispositivo, não seria necessário esperar dias para saber se você infectado após comparecer a um evento. Os pesquisadores afirmam que o aparelho é capaz de identificar a presença de um vírus ativo em até cinco minutos. Esse monitor poderia ser usado em hospitais, instalações de saúde e locais públicos para ajudar na detecção da covid e monitorar a presença de outros vírus respiratórios.


A partir de um aparelho capaz de detectar o Alzheimer pela presença da proteína beta-amilose no organismo, os pesquisadores desenvolveram uma substância que reconhece a proteína spike do vírus da covid, algo fácil e barato de reproduzir, segundo eles. Depois, o sensor foi integrado a um amostrador de ar. O ar entra no dispositivo e se mistura com os fluidos que revestem as paredes do aparelho, aprisionando as partículas do vírus.


O monitor foi testado nos apartamentos de dois pacientes infectados com covid, e os resultados foram comparados com amostras de uma sala controle livre de vírus. Os dispositivos detectaram o RNA do vírus nas amostras de ar dos quartos, mas não detectaram nenhum nas amostras de ar de controle.


“Começamos com o SARS-CoV-2, mas há planos para também medir influenza, VSR, rinovírus e outros patógenos principais que infectam rotineiramente as pessoas”, disse um dos pesquisadores em nota. “Em um ambiente hospitalar, o monitor poderia ser usado para medir staphylococcus ou estreptococos, que causam todo tipo de complicações para os pacientes. Isso realmente poderia ter um grande impacto na saúde das pessoas.”


Vacina bivalente


Apenas 14% dos brasileiros acima de 18 anos tomaram a dose da vacina bivalente que protege contra variantes da covid, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O imunizante está disponível nos postos de saúde desde 24 de abril, mas a baixa procura preocupa agentes de saúde.


Segundo a pasta, os dados diminuem conforme a região analisada. No caso de Roraima e Mato Grosso, os dois Estados com menor índice, 4,54% e 6,02% das pessoas tomaram a nova vacina, respectivamente.


A situação melhora em São Paulo e no Distrito Federal, com vacinação próxima aos 20% da população. O número, contudo, ainda está abaixo da aplicação de doses monovalentes em etapas anteriores da pandemia.


Fonte: O SUL

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