Freepik |
“Como a expectativa de vida da população gaúcha aumenta a cada ano, consideramos o atendimento em saúde do idoso uma prioridade nesta gestão”, afirmou a secretária Arita. Segundo ela, a SES deverá contribuir com o projeto por meio de equipamentos e insumos para a concretização da iniciativa.
O vice-governador Gabriel Souza, que conheceu o projeto no início do ano, destacou que o Rio Grande do Sul poderá se tornar referência em diagnóstico a partir dessa iniciativa. “O estudo prevê a possibilidade de ampliarmos o acesso aos exames a partir de um equipamento de aceleração de partículas. Importante incentivarmos ações preventivas como esta que podem trazer mais qualidade de vida à população”, ressaltou Gabriel.
De acordo com Zimmer, o trabalho consiste no desenvolvimento de um exame de sangue para conseguir identificar pessoas com risco de desenvolver doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. “Já é consenso da literatura médica e científica que essas doenças começam 20 a 30 anos antes dos sintomas. Então, se a gente consegue identificar a presença da patologia no cérebro, com exame de sangue antes dos sintomas, teremos uma grande janela por onde a gente pode tentar impedir que esses indivíduos desenvolvam os sintomas”, explicou. Segundo ele, a partir de 2020, essa ideia começou a se intensificar no mundo inteiro. “A gente tem participado dessa revolução e, agora, vamos começar um estudo no estado, para identificarmos de maneira precoce os indivíduos que vão desenvolver essa doença”.
Além dessa identificação individual, os pesquisadores também poderão obter dados sobre a quantidade de pessoas assintomáticas, mas já positivas para os marcadores que identificam que o cérebro pode estar comprometido.
Estudos baseados na literatura da América do Norte e da Europa apontam a hipótese que de 25% a 30% da população idosa pode ser positiva para esses marcadores. Prever a quantidade de pessoas que precisa começar a ser cuidada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com estratégias farmacológicas, para tratamento de comorbidades ou não farmacológicas, incluindo uma mudança geral no estilo de vida, impedindo que esses indivíduos desenvolvam a fase clínica da doença.
Comentários