O Ministério de Portos e Aeroportos lançou nesta semana a primeira fase do programa Voa Brasil, que prevê passagens por até R$ 200 em períodos de baixa temporada. Segundo a pasta, o programa deve contemplar bolsistas do ProUni, pensionistas, aposentados e servidores públicos que não viajaram nos últimos 12 meses.
Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Nesta primeira fase, serão contemplados todos os aposentados do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), independentemente da renda, desde que não tenham viajado nos últimos 12 meses. Atualmente, existem 23 milhões de aposentados no país.
A expectativa do governo é de que cerca de 1,5 milhão de pessoas passem a voar por meio da iniciativa, sobretudo nos meses considerados de baixa temporada: de março a maio e de agosto a novembro.
“O Voa Brasil Aposentados é o primeiro programa de inclusão social da aviação aérea brasileira. Estamos abrindo a possibilidade para que mais brasileiros possam viajar pelo país, fazer turismo ou reencontrar parentes. A inclusão gera emprego e renda, gera desenvolvimento econômico”, disse o ministro Silvio Costa Filho.
A segunda fase do Voa Brasil, destinada a estudantes de instituições de ensino público, está prevista para ser lançada no primeiro semestre de 2025.
O programa, no entanto, não terá investimento do governo. As passagens serão oferecidas voluntariamente pelas companhias aéreas. Empresas como Azul, Gol e Latam já declararam que vão participar do programa em períodos de ociosidade, desde que existam assentos disponíveis.
Os contemplados pelo programa, já podem acessar o site do Voa Brasil e consultar as passagens.
Percalços do Voa Brasil
Divulgação |
Primeiramente divulgado em março de 2023 pelo então ministro Márcio França, hoje à frente da pasta do Empreendedorismo, o Voa Brasil só começou a decolar agora, mais de um ano depois de seu anúncio. O atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou em abril deste ano que o programa seria lançado naquele mês.
A demora no lançamento do programa, no entanto, não foi sem motivo. Além da minirreforma ministerial em setembro do último ano, a crise do setor aéreo também impactou. Com pedido de recuperação judicial aberto em 25 de janeiro deste ano, a Gol é o principal exemplo desta crise. Ao final de 2023, a empresa encerrou o ano com endividamento superior a R$ 20 bilhões.
Fonte: Congresso em Foco
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