Papai Noel com síndrome de Down é símbolo da união em cidade do RS atingida por enchente

Um Papai Noel com síndrome de Down é símbolo da união em um bairro de Caxias do Sul, na serra gaúcha, atingido pela enchente de maio. A região de Galópolis enfrentou dezenas de deslizamentos de terra, pessoas morreram e famílias ainda estão fora de casa.

No bairro, os moradores criaram a Magia de Natal no Vale Iluminado, com dezenas de atrações. Aos 36 anos e com síndrome de Down, o metalúrgico Jonas Echer é o responsável por encarnar o Papai Noel da programação e ouvir os pedidos das crianças.

Andréia Copini/Reprodução Site Prefeitura de Caxias


— O sonho dele sempre foi ser Papai Noel. Aí eu fui atrás de arrumar roupa. Para mim, representa muito, com certeza para o Jonas também — conta a mãe do metalúrgico, a aposentada Marisa Echer.

Roberto Funk, morador que perdeu a irmã e três sobrinhos na tragédia climática que devastou o Estado, ressalta a união da comunidade: 

— Não foi só a nossa família que foi atingida, outras pessoas também, Então, Galópolis se uniu. É solidariedade que fala, né? É a tal caridade, que é sempre bem-vinda.

A rotina do Bom Velhinho

Durante a noite, Jonas fica na casa do Papai Noel recebendo as crianças. Sempre com um sorriso no rosto e carinho, o Bom Velhinho faz questão de atender a cada uma delas.

O pedido da Eliza, nove anos, é destinado a todos que passam por necessidades. 

— Sabe as pessoas que não têm roupa, não têm dinheiro para comprar muitas coisas, não têm nem casa? — ilustra a menina.

A Eliara, 10 anos, deseja que as dificuldades enfrentadas no Estado com as inundações não se repitam. 

— Eu quero que abençoe a minha escola para não dar mais enchente —pede.

Abraços e o carinho das crianças emocionam Jonas.

— Eu amo ser Papai Noel. Enche o meu coração de alegria — afirma.

A região

Galópolis fica em um vale. O bairro está a 12 quilômetros de distância do centro de Caxias do Sul. A praça central recebeu decoração especial para as festividades de fim de ano.

A arquitetura do local conta com prédios históricos preservados. O bairro surgiu com a vinda de italianos da região de Schio para o RS e se desenvolveu em torno de uma fábrica de tecelagem, em 1892. O nome é uma homenagem ao italiano Ércole Galló, à época, proprietário do empreendimento.

Os prédios do bairro também ficaram iluminados. Um dos moradores enfeitou e transformou o carro em um trenó para conduzir um passeio pelo vale iluminado.

O bairro tem roteiro turístico autoguiado através de placas instaladas nos prédios históricos e conta com cafés e restaurantes com culinária típica italiana durante todo o ano.

Fonte: GZH, clique aqui para ver o conteúdo original


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