Dia D da vacinação contra a gripe será neste sábado (10) em todo Brasil

O Ministério da Saúde realiza, neste sábado (10), o Dia D de vacinação contra a gripe, uma grande mobilização para proteger a população antes do inverno, período de maior circulação de vírus respiratórios. A ação acontece de forma simultânea nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste com atuação conjunta do Governo Federal, estados e municípios. A meta é vacinar 90% do público-alvo, mais de 81,6 milhões de pessoas, incluindo crianças, idosos e gestantes.

No Rio Grande do Sul, cerca de 400 municípios do Rio Grande do Sul irão realizar atividades de mobilização para chamar a atenção para a importância da imunização dos grupos prioritários. A capital gaúcha, Porto Alegre, não estará fazendo a mobilização neste sábado: a data será 24 de maio.

Veja todos os detalhes neste post.

Ascom SES


“O objetivo é proteger a população que integra o público-alvo para reduzir as complicações, as internações e as mortes decorrentes das infecções pelo vírus influenza”, ressalta a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Tani Ranieri.  Com a proteção da vacina, também é possível reduzir a sobrecarga de atendimentos nos serviços de saúde em decorrência de doenças respiratórias.  

Em 2025, foram notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe), 318 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza, sendo que 26 deles evoluíram para óbito. O principal vírus identificado foi o da influenza A, subtipo H1N1.

Embora o período de maior circulação do vírus seja o inverno, em meados de abril já foi verificado um aumento no número de casos e de óbitos. Foram notificados 66 casos de SRAG por influenza, e seis deles evoluíram para óbito.

Estratégia de vacinação no RS

O público-alvo da estratégia de vacinação contra gripe no Rio Grande do Sul, iniciada em abril, supera 5,3 milhões de pessoas. Elas fazem parte dos grupos prioritários selecionados pelo Ministério da Saúde para serem imunizados, seja por estarem mais expostos, seja por causa dos riscos de agravamento da doença.

A estimativa é que 5.324.874 pessoas pertençam aos grupos prioritários, cuja distribuição é a seguinte:

  • Crianças a partir de 6 meses e menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias): 830.039
  • Gestantes (em qualquer período gestacional): 90.731 
  • Idosos (a partir de 60 anos): 2.314.385 
  • Trabalhadores da saúde: 453.057 
  • Puérperas (até 45 dias após o parto): 14.915
  • Professores dos ensinos básico e superior: 153.385
  • Povos indígenas: 41.091
  • Pessoas em situação de rua: 4.128
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento: 28.178
  • Profissionais das Forças Armadas: 38.899
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade): 665.072 
  • Pessoas com deficiência permanente: 464.668
  • Caminhoneiros: 128.564 
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso): 29.034
  • Trabalhadores portuários: 4.051
  • Trabalhadores dos Correios: 5.347
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade: 6.745
  • População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos): 34.948

A meta é vacinar 90% das gestantes, das crianças e dos idosos. Esse índice, contudo, ficou abaixo do esperado nos últimos anos: 79,3% em 2021; 65,2% em 2022; 56,4% em 2023; e 52,3% em 2024. Para os demais grupos que serão vacinados na estratégia especial, não é estipulada uma meta, uma vez que o número de pessoas aptas a receberem o imunizante é apenas uma estimativa. 

Uma das novidades a partir deste ano é a inclusão da vacina da gripe no Calendário Nacional de Vacinação para crianças a partir de 6 meses e menores de 6 anos, gestantes e idosos (a partir de 60 anos), tornando permanente a proteção para esses públicos, ou seja, a vacinação fica disponível ao longo de todo o ano a partir da chegada das doses. 

Proteção 

A vacinação é considerada a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos. 

A influenza causa uma infecção aguda que afeta o sistema respiratório. Ele possui uma elevada transmissibilidade, distribuição global e tendência de fácil disseminação em epidemias sazonais, podendo levar, inclusive, a uma situação de pandemia. Os casos de influenza variam de quadros leves a graves e podem levar ao óbito.   

A vacina contra influenza é produzida no Brasil pelo instituto Butantan. Os imunizantes das campanhas atuais são trivalentes e protegem contra os vírus da influenza A (de dois subtipos, H1N1 e H3N2) e da influenza B, que são os de maior importância epidemiológica, de acordo com a própria Organização Mundial da Saúde. 

Situação epidemiológica no RS 

São contabilizados para registro epidemiológico os casos de hospitalizações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), caracterizadas por quadros de síndromes gripais, dispneia (desconforto respiratório) e/ou sinais de gravidade, como baixa saturação de oxigênio no sangue. Quando identificado um caso com essas características no momento da internação, é feita a coleta de amostras (secreção nasal) para a realização de exame.  

Entre os vírus que podem ser detectados estão o da influenza, a da covid-19 e o sincicial respiratório (VSR). Para melhorar a visualização das notificações desses tipos de hospitalizações, a SES, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), dispõe desde 2023 de um painel aberto para consulta e acompanhamento. As notificações podem ser filtradas por local (Estado, cidades, coordenaria regional), tempo (datas do início dos sintomas), evolução (internado, recuperado ou óbito) e perfil das pessoas (faixa etária, sexo e raça). 

Se for considerada a série histórica iniciada após a pandemia de H1N1 ocorrida em 2009, os casos de influenza tem aumentado nos últimos anos. O maior número deles foi registrado em 2024. 

Porto Alegre

Previsto inicialmente para ocorrer neste sábado, 10, o dia D foi transferido para 24 de maio, assim como o passe livre nos ônibus da Capital. A decisão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) levou em conta a previsão de tempestade e altos volumes de chuva previstos para esta sexta-feira, 9. A campanha de vacinação segue de segunda a sexta, em todas as unidades de saúde da Capital.  

A retomada da vacinação contra a dengue, que estava prevista para o Dia D, começará segunda-feira, 12. As vacina Qdenga, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos (14 anos, 11 meses, 29 dias), estarão disponíveis em todas as unidades de saúde. O esquema vacinal prevê duas doses do imunizante, com intervalo de três meses entre as doses.

Grupos prioritários

Com a vacinação contra a gripe, o Ministério da Saúde pretende reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus influenza na população-alvo para a imunização. O objetivo é vacinar pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários que têm meta e cobertura previstos: crianças, gestantes e pessoas com 60 anos e mais. Em Porto Alegre, esses grupos prioritários somam 410.501 pessoas.  

Fonte: Governo RS 



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